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Itanhaém

Projeto de restauro da Casa e Câmara e Cadeia é exposto em Itanhaém

Prédio histórico já foi a sede da Capitania Hereditária de Itanhaém, entre os anos de 1624 e 1679. Este ano completa 400 anos

Nayara Martins

Publicado em 04/02/2024 às 07:00

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Casa de Câmara e Cadeia fica no centro histórico de Itanhaém / Nayara Martins/DL

Conhecer e divulgar o projeto de conservação e restauro do prédio da Casa de Câmara e Cadeia de Itanhaém. Esse foi o objetivo da palestra realizada na quarta-feira (31), na sede da Associação dos Engenheiros e Arquitetos (AEA) de Itanhaém, que reuniu profissionais da área, comerciantes e a população. A autora do projeto é a arquiteta e doutora Regina Helena Vieira Santos.

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O prédio foi sede da Capitania Hereditária de Itanhaém, entre os anos de 1624 e 1679. De Cabo Frio até o Uruguai, era a chamada região sul do Brasil. A Casa de Câmara e Cadeia completa 400 anos este ano. 

O prédio da Casa de Câmara e Cadeia tem registros de construção no século XVII e passou por reforma no século XIX. É tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). 

Ela esclareceu alguns pontos sobre a importância de conservação e restauro do prédio histórico.O projeto é resultado de um trabalho de pesquisa de doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, da arquiteta Regina.

A proposta foi contemplada por dois Proacs, em 2022 e em 2023, pelo Governo de São Paulo.
“Precisamos valorizar esse monumento histórico que tem um valor simbólico e representativo no País”, salienta. 

No período colonial, o prédio funcionou como Cadeia na parte térrea com duas celas e na parte superior a Câmara. Hoje funciona o Museu Conceição de Itanhaém, localizado na Praça Carlos Botelho, no centro.

“O projeto não prevê somente o restauro do prédio histórico, mas é uma proposta de educação patrimonial. Para que as pessoas possam conhecer o que tem na Cidade, valorizar e preservar”, destaca.

Cita ainda que o último restauro no prédio histórico ocorreu entre 1999 e 2000. Segundo Regina, alguns serviços de manutenções foram feitos de forma aleatórias, como pinturas que não seguem as cores originais.

“É preciso entender que qualquer intervenção na fachada do prédio histórico é uma intervenção no imóvel e isso depende da aprovação do Condephaat”, frisa.  
Restauro e conservação

A proposta propõe a acessibilidade universal, pois hoje o acesso à parte superior é feito por escada. E que a obra de restauro tenha um acompanhamento feito por arqueólogos.    

Mostra ainda as diretrizes para a conservação do entorno do prédio. As diretrizes para o entorno envolvem a Praça Carlos Botelho, além de dar visibilidade aos monumentos históricos – a Igreja Matriz e o Convento Nossa Senhora da Conceição e a Casa de Câmara e Cadeia. 

“A ideia é ter uma cronologia da história da Cidade nos séculos XVI e XVII e ter a cartografia, na parte térrea, além de preservar as celas. Já na parte superior pode continuar como uma sala de exposição temporária, além de ser um espaço multiuso com palestras”, completa.

Ela lembra que o escritor e modernista Mário de Andrade, quando esteve em Itanhaém, escreveu os seus primeiros relatórios e fez o inventário para a conservação do patrimônio nacional, em 1921. Como o Iphan surgiu em 1937,os prédios históricos da Cidade foram tombados neste ano.

A proposta de restauro e conservação da Casa de Câmara e Cadeia já foi apresentada à prefeitura de Itanhaém. O prédio histórico é de responsabilidade do município. A Administração Municipal é quem deve arcar com os custos da obra de restauro.

“O projeto já está aprovado pelo Condephaat e pelo Iphan. Esperamos que ele se concretize ainda este ano”, conclui Regina.
Também já foi exposto aos professores de História da rede municipal de ensino e ao Conselho Municipal de Cultura de Itanhaém.
 

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