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ARTE

'Pontilhismo - o olhar como linguagem' acontece em Itanhaém

São 12 quadros de rosto em preto e branco. A mostra pode ser vista até 14 de fevereiro, na Pinacoteca Municipal

Nayara Martins

Publicado em 14/01/2024 às 07:00

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Artista autodidata, André Luiz faz pinturas e desenhos de rosto em preto e branco, utilizando a técnica do pontilhismo / Nayara Martins / Diário do Litoral

“Pontilhismo - O olhar como linguagem”. Este é o tema da exposição com 12 quadros de rosto, em preto e branco, feitos pelo artista André Luiz da Silva, de 62 anos. As obras expostas podem ser visitadas pelo público até dia 14 de fevereiro, na Pinacoteca Alfredo Volpi, no centro de Itanhaém.

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Artista autodidata, André Luiz faz pinturas e desenhos de rosto em preto e branco, utilizando a técnica do pontilhismo. Essa é a primeira vez que ele expõe seus trabalhos em Itanhaém

“A inspiração para o tema veio de um estudo comportamental e dentro da arte coloquei o olhar como linguagem. Muitas vezes, as pessoas expressam um sentimento por meio do olhar”, explica.

Para ele, o olhar humano é uma expressão da alma. “O que você sente e transmite para as pessoas está no seu olhar", frisa. 

O objetivo, segundo André, é promover a interação do público com o tema para que as pessoas possam observar mais a linguagem do olhar. 

Entre os seus quadros expostos estão rostos de amigos, de familiares e de clientes, todos com a autorização das imagens.

Ele utiliza a técnica do pontilhismo e segue a escola de arte Realismo. “Busco o hiper-realismo. O Realismo se baseia na expressão do cotidiano mais pura e precisa, um dos pontos é o olhar”. 

Para desenhar, André trabalha com bico de pena e caneta nanquim sobre o papel couchê 220gr/m2. 

“O pontilhismo é a técnica ideal para as nuances de luz e sombra, em preto e branco que define a imagem”.
Para concluir um desenho de rosto, André pode levar, em média, 20 dias, mas depende de cada rosto.  
O artista já realizou exposições no exterior, em Isfahan, no Irã e também em Madri, na Espanha. 

“No Irã fui muito bem recebido pelas pessoas que moram lá, elas demonstram gratidão ao ver os quadros. Já na Espanha, as pessoas são mais observadoras, mas são menos interativas”, conta.

André também expôs em Paris, na França, com apenas um trabalho, em um sistema conhecido como print art, mas ele não acompanhou de forma presencial.  

ARTISTA.
O artista começou a trabalhar com a técnica do pontilhismo em dois jornais do Interior e fazia diversos desenhos publicitários, no ano de 1981, quando ainda cursava a faculdade. Ele é formado em Psicologia pela Unesp.

André foi se aperfeiçoando nos desenhos artísticos e participou de diversas exposições como em salões de artes nas cidades de Assis e Jaboticabal, no interior de São Paulo.

Também trabalhou como desenhista técnico em layouts de interiores corporativos em empresas. Atuou coordenador de projetos de arquitetura, durante 32 anos, em várias empresas.

Ao se aposentar, André decidiu sair de São Paulo e ir morar em Itanhaém, onde aproveita para se dedicar às artes.

PLANOS.
Sobre os planos futuros, André diz que já começou a pesquisar sobre outros temas.

“A ideia é ampliar o trabalho e atuar sobre os temas sociais, como desenhar pessoas desalojadas e moradores de rua, além de cenas de refugiados em diversos países. Como artista tenho a obrigação de registrar essas situações e mostrar à comunidade”, ressalta.

Ele atua ainda com encomendas aos clientes. E tem feito a divulgação dos trabalhos por meio das redes sociais. Interessados em conhecer as obras podem acessar o Instagram @andre_arq1. 

A exposição “Pontilhismo - o olhar como linguagem” pode ser vista de terça-feira a sábado, das 11 às 17 horas. A Pinacoteca Alfredo Volpi fica na Praça Carlos Botelho, 48, no centro de Itanhaém.

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