Problema

Usuário rebate Estado a respeito da balsa Guarujá-Bertioga

O problema afeta não só a população de ambas as cidades como turistas que vêm para a região

Carlos Ratton

Publicado em 20/03/2024 às 07:15

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As duas balsas - a Bacharel (com capacidade para 12 veículos) e a FB14 (28 veículos) que deveriam estar operando na travessia Guarujá-Bertioga estão sendo utilizadas na travessia Santos-Guarujá / Carlos Ratton / Diário do Litoral

As duas balsas - a Bacharel (com capacidade para 12 veículos) e a FB14 (28 veículos) – que deveriam estar operando na travessia Guarujá-Bertioga estão sendo utilizadas na travessia Santos-Guarujá e não em manutenção, conforme vem propagando a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), do Governo do Estado de São Paulo, para justificar frágil sistema de travessias do Canal de Bertioga, que opera com rebocadores e não por balsas com motores próprios.

A informação chegou à Reportagem por vídeo de um leitor inconformado com a questão após o Diário ter, entre semana passada e esta segunda-feira (18), publicado duas reportagens, sendo que numa delas, para justificar o uso de flutuantes com rebocadores, a secretária estadual Natália Resende revelou que “o sistema de travessias litorâneas em todo o Estado está com uma estrutura precária e reformas emergenciais em algumas balsas estão sendo feitas”. O Diário vem publicando que a anunciada manutenção acontece desde 2022.

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Natália informou ainda que a solução encontrada é uma Parceria Público Privada (PPP) e que o leilão para convocar empresas interessadas em participar do edital deve acontecer no segundo trimestre de 2025, com a inclusão da travessia Bertioga Guarujá”.

ROTINA.
O problema – rotineiramente acontece paralisação das travessias -    afeta não só a população de ambas as cidades, que perde horário de trabalho, da escola, de consultas médicas e diversos outros compromissos, como turistas que vêm para a região.

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Isso porque evita-se que a hélice e o fundo do rebocador toquem na lama próxima às margens do canal, danificando a embarcação que baliza o flutuante que leva veículos e pedestres ao atracadouro. Ele (flutuante) não pode encostar no berço entre o manguezal e o ponto de embarque e desembarque.

O ideal é o retorno das balsas normais, pois elas não têm esse problema por conta do tipo de casco (fundo delas), que é estilo de rampa e, mesmo com a maré baixa, conseguem atracar, não precisando fazer paradas de até três horas, com os rebocadores amarrados a um flutuante”, explicou Bibiano, que vai Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

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MARÇO 23.
A Semil já havia informado que o problema seria solucionado até março do ano passado. A União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) está cobrando solução e realização de estudos para viabilidade de disponibilizar uma barca de pedestres como alternativa.

A Associação Guarujá Viva (Aguaviva) está solicitando também, urgentemente, que seja realizada uma reunião com representantes da DERSA, a fim de discutir soluções para a questão.

A Prefeitura de Guarujá informa que vai encaminhar ofício ao DH solicitando um cronograma de ações e investimentos. A Prefeitura de Bertioga também revela que está em tratativas com o Governo do Estado para sanar as necessidades dos usuários.

NOVA VERSÃO.
Procurada novamente, a Semil tem nova versão, informando que as embarcações que compõem a frota do Departamento Hidroviário (DH) são rotativas, e atendem ao sistema de travessias litorâneas como um todo. Desta forma, os equipamentos são remanejados de acordo com as necessidades e características de cada serviço, como o volume transportado, por exemplo.

“Como comparação, no mês de fevereiro, o volume médio de usuários transportados na Travessia Santos/Guarujá foi de 27.238, enquanto na Travessia Guarujá/Bertioga foi de 2.877, somando automóveis, motos, bicicletas e pedestres”, revela em nota.

Por fim, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística afirma que com base no cronograma de reformas, período em que lanchas e ferryboats permanecem fora de operação por um tempo maior, embarcações locadas são inseridas na frota, de forma a atender a demanda diária, minimizando os impactos aos usuários.

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