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Ainda com futuro indefinido no Santos, o técnico Claudinei Oliveira ganhou elogios do presidente do clube em exercício, Odílio Rodrigues - Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro está de licença médica -, nesta terça-feira. Em entrevista à TV Estadão, o dirigente evitou falar sobre o futuro da comissão técnica santista, mas exibiu confiança no atual treinador da equipe.
Para Odílio Rodrigues, Claudinei Oliveira foi o responsável por devolver estabilidade ao time após a saída do técnico Muricy Ramalho no final de maio. "Quando o Muricy saiu, tínhamos no Claudinei uma figura vitoriosa, campeão de tudo nas categorias de base. Quando convidamos para o time principal, ele ficou muito contente e muito surpreso", disse o presidente.
Odílio Rodrigues se mostrou satisfeito com a rápida adaptação do treinador da base com o grupo principal. "Ele tem um carinho e uma convivência muito boa com os jogadores jovens e depois conseguiu criar um ambiente bom com os jogadores mais velhos. Ele faz um bom trabalho. O Comitê de Gestão está muito satisfeito com o trabalho dele", garantiu.
Apesar dos elogios, o presidente em exercício não assegurou a permanência de Claudinei Oliveira na temporada de 2014. No entanto, deu esperanças ao treinador ao descartar a contratação de um técnico estrangeiro nos próximos meses.
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Questionado sobre a tentativa frustrada de contratar Marcelo Bielsa após a saída de Muricy Ramalho, Odílio Rodrigues revelou as condições impostas pelo argentino para um eventual acerto. "O Santos tentou trazer o Bielsa ou algum treinador da escola do Bielsa. O Pep Guardiola, o Tata Martino, são técnicos que fazem boas referências ao Bielsa. Não chegamos num acordo em relação ao que o Bielsa queria. Ele só trabalha com 18 jogadores, quer que os jogadores durmam no CT. Depois fomos à Argentina tentar falar com o Tata Martino, mas aí surgiu o Barcelona e ele foi (para a Espanha)".
Estádio
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O presidente falou também sobre a necessidade da construção de um novo estádio para o Santos. "Não dá para os grandes clubes ficarem sem arena. É uma receita importante. Depois da Copa do Mundo, o Santos será o único clube grande de São Paulo sem arena. Pela origem do clube, o local ideal seria Santos, mas lá não tem terreno. Na Baixada Santista, participamos de dois estudos, com duas empresas diferentes, mas na hora que fechar o negócio não conseguimos. A arena precisa ter um shopping e escritórios e as taxas de retorno eram mais baixas do que o mercado esperava, então não conseguimos atrair o investidor".
Por isso, o Pacaembu pode ser uma alternativa segundo Odílio Rodrigues. "Nossa maior torcida é em São Paulo e o Santos precisa estar próximo da sua torcida. Então surgiu a possibilidade do Pacaembu. A prefeitura vai lançar uma licitação e se perguntarem se o Santos quer o usar o Pacaembu e ter o estádio como segunda casa, a resposta é 'Queremos sim, com muito prazer'. A Vila é nossa casa, nossa sede, mas podemos fazer uma reforma e deixá-la como um estádio-boutique, fazer um restaurante temático e ampliar o memorial. A Vila passará a ser um estádio para eventos menores e a gente vai jogar no Pacaembu, perto de uma grande massa de torcedores".
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