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Paulo Nobre descarta Alan Kardec e expõe racha com o São Paulo

Na tentativa de explicar por que o principal atacante de sua equipe vai defender um dos maiores rivais, o presidente do clube até admitiu que não honrou o que foi acordado com o jogador

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/04/2014 às 20:14

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Calado desde o início da negociação com Alan Kardec, Paulo Nobre resolveu aparecer para atacar o São Paulo, que, segundo o dirigente, foi antiético ao levar o jogador para o Morumbi. Na tentativa de explicar por que o principal atacante de sua equipe vai defender um dos maiores rivais do Palmeiras, o presidente do clube até admitiu que não honrou o que foi acordado com o jogador.

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"Tínhamos até o dia 30 de maio para negociar. Estava tranquilo, pois estávamos muito próximos de acertar com ele, mas um time entrou de forma antiética na negociação. Tentamos falar com o Alan, mas no sábado soubemos que ele estava certo com o São Paulo. Agiram de maneira sorrateira", afirmou o dirigente. Visivelmente constrangido, ele tentava encontrar palavras para os mais de 60 jornalistas que participaram da entrevista coletiva realizada na Academia de Futebol.

Apesar da revolta do presidente, oportunidades para ficar com Alan Kardec não faltaram. O atacante precisou diminuir duas vezes seu pedido salarial para conseguir conversar com o diretor executivo José Carlos Brunoro e tentar renovar o contrato. Na terceira reunião, o clube fez uma contraproposta e chegou-se ao valor de R$ 220 mil mensais para o jogador ficar no Palmeiras até 2019.

Quando chegou o momento de assinar o contrato, Paulo Nobre disse que o valor ainda era alto e tentou reduzir em mais R$ 20 mil o salário. A atitude irritou os representantes do jogador, que só a partir dali resolveram abrir negociação com outros clubes. Enquanto negociava com o Palmeiras, o pai e empresário de Alan Kardec, que tem o mesmo nome do filho, foi procurado por Corinthians, São Paulo, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Grêmio, mas só abriu negociação após a reunião frustrada com Nobre.

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Paulo Nobre resolveu aparecer para atacar o São Paulo (Foto: Cesar Greco/Estadão Conteúdo)

O São Paulo foi o mais rápido e fez uma boa proposta para o jogador e seus agentes. "Não sou bonzinho, mas não sei fazer esse jogo sujo", disse Paulo Nobre, mais uma vez atacando o clube tricolor.

O presidente, no entanto, admite ter errado na negociação. "Eu trabalhava com um valor fixo, um variável e as luvas. Pensava num todo e não podia deixar estourar isso. Eu jogava com eles (empresários do jogador), falando que, se quisessem aumentar o fixo, ganhariam menos no variável, por exemplo. Esperava mais consideração do jogador".

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Sem Alan Kardec, o Palmeiras vai ao mercado para buscar um homem-gol. Paulo Nobre tentará convencer os investidores que iriam ajudá-lo a contratar Alan Kardec a apostar em outro jogador.

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