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Neymar lembrou corte de 2002 e emocionou médico da Seleção

Assim que entrou em campo e viu que o atacante não conseguia se movimentar, teve a certeza de que havia um trauma lombar sério e solicitou a alteração

Publicado em 06/07/2014 às 12:14

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Ao perceber o desespero de Marcelo para que o atendimento a Neymar fosse autorizado, José Luiz Runco se deu conta de que se tratava de algo grave. Assim que entrou em campo e viu que o atacante não conseguia se movimentar, teve a certeza de que havia um trauma lombar sério e solicitou a alteração. Mas o pior momento para o médico foi receber o resultado dos exames.

"Foi um momento muito desagradável e desgastante. No momento em que passo a informação, ele absorve e realmente fica muito triste, emociona-se muito. Evidentemente que, eu e o radiologista que passou os exames, nós também nos emocionamos. É uma situação extremamente desagradável quebrar o sonho de uma pessoa", disse o chefe do departamento médico brasileiro.

Na Seleção Brasileira desde após a Copa do Mundo de 1998, Runco já passou por outras situações desagradáveis, mas admite que informar a Neymar que ele não teria mais condições de atuar no torneio, ficando fora já da semifinal contra a Alemanha, está entre as piores. Compara-se àquela de 2002, em que cortou Emerson, antes mesmo do início da competição, depois de o volante se machucar brincando como goleiro.

José Luiz Runco comparou o corte do atacante ao do volante Emerson, que era capitão da Seleção em 2002 (Foto: Gaspar Nóbrega/Vipcomm)

"Eram duas pessoas que tinham objetivos muito fortes. O Emerson, além do objetivo de lutar para ser campeão, era o capitão da equipe. E o Neymar tinha o objetivo de ser campeão tão jovem. Foram situações difíceis, bastante abruptas. De repente, o sujeito se machuca, e você se vê obrigado a tomar decisão. Outras situações de corte, em competições de menor porte, são até mais fáceis de tomar, porque a repercussão é menor", comentou.

Apesar da tristeza que compartilha com o restante da comissão técnica e também os jogadores, o médico, na condição de torcedor, aposta na reação da equipe.

"Se dissesse que, inicialmente, o grupo não teve um choque (com a notícia), eu estaria mentindo. Um jogador me disse que parecia que a gente tinha perdido o jogo. Foi uma reação natural, não poderia ter sido outra. Mas acho que isso vai ser motivo para o grupo crescer, ganhar estímulo para passar da próxima partida, chegar à partida final e ser campeão. Até para homenagear seu colega, que, durante o tempo todo, se dedicou muito", opinou.

O primeiro desafio do time, que também não terá seu capitão, o zagueiro Thiago Silva, suspenso, será às 17 horas (de Brasília) desta terça-feira, contra a Alemanha, em Belo Horizonte.

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