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Economia

Petrobras aumentou 13 vezes o preço da gasolina desde janeiro de 2021, e atual reajuste é o maior

Segundo o OSP, com esse novo aumento, a gasolina deverá ultrapassar os R$ 7 na média nacional e o diesel poderá chegar ao valor médio de R$ 6,46 nos postos de abastecimento

Folhapress

Publicado em 10/03/2022 às 16:29

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O consumidor, afetado pelo preço da gasolina, também está tendo dificuldades para recorrer ao substituto imediato nos veículos com motor flex / Tomaz Silva/Agência Brasil

Com o mega-aumento anunciado nesta quinta-feira (10), a Petrobras já aumentou a gasolina 13 vezes desde janeiro de 2021, quando teve início a escalada de preços de combustíveis no Brasil. No caso do diesel foram 11 aumentos no período.

A conta faz parte de levantamento realizado pelo Observatório Social da Petrobras, organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e que monitora as políticas e ações da empresa.

O mega-aumento desta quinta-feira foi o maior de todo o período, segundo o levantamento. O primeiro reajuste foi em 12 de janeiro, com alta de 4,9% no preço da gasolina e de 8,1% no litro do diesel S-1.

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Antes desta quinta, o maior aumento havia sido registrado em 19 de fevereiro de 2021. Na época, a gasolina ficou 10,2% mais cara e o diesel, 15,2%

Segundo o OSP, com esse novo aumento, a gasolina deverá ultrapassar os R$ 7 na média nacional e o diesel poderá chegar ao valor médio de R$ 6,46 nos postos de abastecimento.

Ainda assim, apesar do novo reajuste, a refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada em dezembro de 2021, mantém preços acima da média da estatal, aponta o Observatório. A Acelen, gestora de Mataripe, vende o litro da gasolina 6,8% e do diesel 2,8% acima da média da Petrobras. Em relação à gasolina, é o maior preço entre todas as refinarias do país.

"Os combustíveis já foram responsáveis por praticamente metade da inflação do ano passado. Em 2021 a Petrobras vendeu petróleo e produtos derivados pelos maiores preços de sua história, como apontam os demonstrativos financeiros da companhia, inclusive gerando lucro acima dos R$ 100 bilhões", diz Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

"Temos muito petróleo e um grande parque de refino e não precisamos ser reféns dos preços internacionais. A Petrobras tem condições de segurar os preços em prol da população brasileira, sem que isso lhe gere prejuízo", completa.

Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. As altas entram em vigor a partir de sexta-feira (11).

No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.

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