Economia

Coutinho vê ataque para BNDES 'fechar torneira'

Ele evitou se referir diretamente aos cortes previstos dos repasses do Tesouro, mas admitiu que "com situação de dificuldade fiscal, a crítica conservadora recrudesceu"

Publicado em 08/11/2013 às 14:00

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, avaliou, nesta sexta-feira, 08, em São Paulo, que o único sistema de financiamento de longo prazo atualmente é a instituição pública de fomento e classificou que "o BNDES está sob ataque para fechar a torneira". Ele evitou se referir diretamente aos cortes previstos dos repasses do Tesouro, mas admitiu que "com situação de dificuldade fiscal, a crítica conservadora recrudesceu".

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Coutinho reafirmou que não há outra forma de financiamento de longo prazo além do BNDES, diante da necessidade de liquidez diária de bancos. "O sistema bancário privado mundial é avesso a dar crédito de longo prazo, e no caso brasileiro há um descasamento das poupanças de curto prazo e a capacidade de emprestar", disse.

"A saída para financiamentos de longo prazo seria mudança no sistema de poupança para longo prazo", completou.

O presidente do BNDES lembrou que não é possível fazer intervenção na poupança como foi feita no Plano Collor, e defendeu que essa mudança seja feita de forma "não agressiva" e em um cenário de queda nos juros, o que deve demorar.

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 Luciano Coutinho avaliou que o único sistema de financiamento de longo prazo atualmente é a instituição pública de fomento e classificou que

"No curto prazo, portanto, atrair financiamento de longo prazo se dá com debêntures, mas elas têm potencial limitado de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões".

Coutinho finalizou lembrando que os desembolsos do BNDES devem chegar ao recorde de R$ 190 bilhões em 2013, um recorde histórico, para voltar a rebater os críticos. "A agenda de desmontar o financiamento do BNDES é mortalmente contrária aos interesses do País", concluiu.

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