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Cultura

Chitãozinho & Xororó apresentam turnê “Do Tamanho do Nosso Amor” em Santos

Apresentação acontece no próximo dia 17, no Mendes Convention Center

Publicado em 02/04/2015 às 19:01

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Chitãozinho & Xororó apresentam a turnê “Do Tamanho do Nosso Amor” na cidade de Santos, na sexta-feira, dia 17 de março, no Mendes Convention Center. Este show é baseado no CD e DVD “Do Tamanho do Nosso Amor”, lançados em novembro de 2013 e gravados ao vivo no Wood´s Bar de São Paulo, com produção de Fernando Zorzanello (da dupla Fernando e Sorocaba), participações especiais de Dexterz (projeto de música eletrônica composto pelo baterista Junior Lima, pelo DJ Julio Torres e pelo violinista Amon Lima), do rapper Cabal e de Fernando e Sorocaba.

A dupla interpreta sucessos que os consagraram com novas roupagens como “Sinônimos”, “Vida Marvada” e “Evidências”, composição de José Augusto e Paulo Sérgio Valle, que apesar de ser de 1990, continua atual e com poder de emocionar ouvintes de todas as faixas etárias. No dia da gravação do CD e DVD, a plateia, formada predominantemente por jovens, sabia a letra de cor e cantou a música do começo ao fim, emocionando muito a dupla e todos os presentes na Wood´s.

Com direção geral de Chitãozinho & Xororó e da Live Talentos, empresa responsável pela carreira artística da dupla, o espetáculo conta com cenários grandiosos compostos por painéis de LED, sincronismo de luz e vídeos interativos produzidos pela Hit Music em linguagem 3-D.

O repertório do show conta com composições inéditas, como “E Aí Tempo”, de Caco Nogueira, e “Do Tamanho do Nosso Amor”, de Sorocaba, homônima ao projeto, além de “Evidências”, “No Rancho Fundo” e outras regravações de sucessos.Entre os destaques da apresentação está a participação de Raulzito, cover de Raul Seixas, que canta virtualmente com a dupla “Tente Outra Vez”, música que serviu de inspiração para que os artistas seguissem em frente e não desistissem da música, apesar das dificuldades do início de carreira.

Chitãozinho & Xororó sobem ao palco acompanhados por Claudio Paladini (teclados e vocal), Adilson Pascoalini (guitarra, violões e viola), Daniel Quirino (vocal e violão), Antonio Vendramini (sax, flauta, rabeca e percussão), Marcelo Modesto (guitarra, banjo, cello, mandolin e violão), Fábio Almeida (baixo), Renato Britto (bateria) e Frank Joni (acordeon).

Chitãozinho & Xororó apresentam a turnê “Do Tamanho do Nosso Amor” na cidade de Santos (Foto: Divulgação)

Sobre a dupla

São mais de quarenta anos de total dedicação à vida artística. Sempre com os mesmos objetivos do início da carreira: produzir música com amor, qualidade e inovação, independentemente dos momentos altos e baixos dentro do gênero musical sertanejo, e das constantes – e cada vez mais bruscas – mudanças no mercado fonográfico.

Apesar de já colecionarem uma quantidade significativa de hits ao longo da carreira, capaz de preencher mais uma coletânea repaginada e certeira na extensa biografia, os irmãos enfatizaram a maturidade artística ao cativo público e comprovaram, mais uma vez, porque são constantemente citados como ‘referências’ da nova geração da música conhecida como ‘sertanejo universitário’. Assim como foram para as gerações anteriores seus precursores e ídolos Tonico & Tinoco.

Mas não foi da noite para o dia que José Lima Sobrinho e Durval de Lima transformaram-se em Chitãozinho & Xororó, nomes nacionalmente conhecidos e respeitados pelo grande público. Foram anos de muito trabalho e dedicação – incluindo inúmeras apresentações em circos e com investimentos do próprio bolso – para alcançarem o status de ícones da música sertaneja e, também, uma marca de sucesso. Persistência, garra e amor à música foram palavras de ordem para que eles acumulassem a marca de 37 milhões de discos vendidos, 37 álbuns inéditos, oito DVDs, três prêmios Grammy, centenas de discos de ouro, platina e diamante, programas de televisão, homenagem da X-9 Paulistana com samba-enredo contando sua história entre outros muitos feitos.

Os irmãos de Astorga, no Paraná, foram os primeiros sertanejos a tocar em rádios FM no Brasil e a incluir banjos e guitarras elétricas neste estilo musical. Isso sem jamais perder a essência da música de raiz sertaneja. Também foram os primeiros deste estilo musical a colocar o país no topo das paradas da Billboard. Inclusive, o pioneirismo sempre foi uma característica bem marcante da dupla, acompanhada do espírito ousado e inovador. Ao longo de todos esses anos, mostraram que nunca houve o mínimo espaço para o preconceito. Dos cabelos mullet – mania nacional na década de 80 – às calças justas, botas e chapéu que marcaram uma geração, eles comprovaram que no quesito versatilidade eles sempre estiveram acima da média. Isso se estende até hoje, principalmente quando o assunto é música. Eles já tocaram com grandes nomes do cenário musical como Bee Gees, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Djavan, Zé Ramalho, Ivete Sangalo, Simone, Lulu Santos, o rapper Cabal, a banda Fresno, Andreas Kisser, do Sepultura, Maria Gadú, Alexandre Pires, Fafá de Belém, Fábio Jr. e o maestro João Carlos Martins. Mesmo nos casos em que “inusitado” ou “impossível” pareciam, em um primeiro instante, ser os adjetivos mais apropriados, quase todas essas parcerias foram consideradas grandes sucessos.

E por falar em sucesso... Eles começaram a colher os primeiros resultados em 1978 com 60 Dias Apaixonados ao conquistarem o primeiro disco de ouro da carreira. Dois anos depois, triplicaram as vendas com Amante Amada, 600 mil cópias, e levaram para casa disco duplo de platina. Mas foi com Fio de Cabelo, do álbum Somos Apaixonados, de 1982, que aconteceu, de fato, a grande explosão da dupla. A música estourou nas rádios do Brasil e o disco alcançou o número de 1,5 milhão de cópias vendidas, tornando-se um marco na carreira de Chitãozinho & Xororó e rompendo as barreiras do preconceito contra o gênero sertanejo. A partir daí, eles tiveram o privilégio de deixar mais dezenas de clássicos na história da música sertaneja como, por exemplo, Se Deus Me Ouvisse (1986), Fogão de Lenha (1987), No Rancho Fundo (1989), Evidências e Nuvem de Lágrima (com Fafá de Belém) (1990), Brincar de Ser Feliz(1992), Página de Amigos (1995), Alô (1999), Frio da Solidão (com Roupa Nova, 2001), Sinônimos com Zé Ramalho (2004), A Majestade o Sabiá, com Jair Rodrigues, Arrasta uma Cadeira, em 2005, uma composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos feita especialmente para cantarem com a dupla e, segundo os autores, levou catorze anos para ficar pronta; entre muitas outras.

Mas a paixão pela música começou muitos anos antes de 82, ouvindo o pai, “seu Marinho”, cantando com “dona Araci”, mãe da dupla. O talento dos irmãos só foi percebido por seu pai no dia em que Rosária, uma das irmãs, rasgou o caderno onde ele anotava as músicas que compunha. Foi então que a pequena dupla apareceu para ajudar, pois sabiam todas as letras e cantavam todas as músicas com afinação. Xororó fazia a primeira voz, imitando a mãe, e Chitãozinho a segunda, como o pai. Festas juninas e clubes de Rondon, cidade do Paraná onde passaram a infância, eram palco para as apresentações. O primeiro lugar no show de calouros de Sílvio Santos veio com a música “Besta Ruana”, de Tonico & Tinoco, ainda como “Irmãos Lima”, nome artístico da dupla até o radialista Geraldo Meirelles rebatizá-la de Chitãozinho & Xororó, nome de um grande sucesso de Athos Campos e Serrinha, composto em 1947, que falava de aves brasileiras.

Com este ‘novo’ nome, gravaram o primeiro disco, Galopeira, em 1970. Mas o caminho rumo ao sucesso foi longo. A dupla enfrentou momentos de muitas dificuldades e obstáculos. Desiludidos, pensaram em desistir da carreira, mas a música Tente Outra Vez, do ídolo Raul Seixas, soou como um apelo pessoal para que tentassem novamente. Persistiram e conseguiram. A ideia é continuar modernizando sua música, sem jamais perder a essência caipira!

 

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