Prefeitura de Cubatão / Divulgação/PMC
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A Prefeitura de Cubatão exonerou na tarde desta terça-feira (16) a servidora Fabiana de Abreu Silva, uma das pessoas detidas pela Operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo, através do Gaeco.
A Administração Municipal, através de nota oficial, esclareceu que a investigação apura eventuais irregularidades em contratos da Câmara Municipal, não sendo a Prefeitura citada na referida investigação. "Mesmo assim, tem colaborado com o Ministério Público, fornecendo documentos e informações solicitadas", garante.
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Ainda segundo a Prefeitura, Fabiana de Abreu Silva, uma das investigadas nesta operação, que corre em segredo de Justiça, ocupou cargo de confiança de assessora especial de Políticas Estratégicas e, recentemente, assumiu o cargo de secretária-adjunta de Governo. "A referida servidora foi exonerada nesta terça (16) para garantir imparcialidade às investigações e à sua ampla defesa junto ao Ministério Público", explicou.
A Operação Muditia resultou na prisão do vereador de Cubatão, Ricardo Queixão (PSD), a servidora municipal Fabiana de Abreu Silva e o advogado criminalista - atual diretor da Câmara Municipal - Áureo Tubinambá. Os mandados foram cumpridos em diversas cidades do Estado.
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O objetivo da operação, comandada pelo Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar, é desarticular um grupo criminoso, associado ao PCC, investigado por inúmeras fraudes em licitações em todo o Estado.
As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão em 42 endereços e a 15 de prisão temporária, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. As ordens judiciais incluem prisão cautelar de agentes públicos, três deles vereadores de cidades do Alto Tietê e Litoral.
A Câmara Municipal de Cubatão emitiu nota sobre o caso. "Em atenção à Operação Muditia, a Câmara Municipal informa que tomou ciência da referida operação e que está colaborando com as equipes de investigação, fornecendo todos os documentos solicitados pelas autoridades".
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Em nota encaminhada ao Diário do Litoral, a defesa de Aureo Tupinamba os próximos passos. "Acompanhei na manhã de hoje o advogado que foi alvo de investigação do GAECO (Guarulhos), que apura
eventual fraude em licitação. O advogado se encontra sereno, pois, de forma segura alega não ter participação nas atividades ilícitas em apuração, colocando-se, inclusive, à disposição das autoridades competentes para esclarecer o que for necessário. A defesa técnica solicitou acesso aos autos, a fim de demonstrar a absoluta ausência de responsabilidade criminal do ora investigado".
Já a defesa do vereador Ricardo Queixão informou que pedirá a revogação da prisão temporária já que o parlamentar apontado como averiguado e não como suspeito.