X

Cotidiano

Tatuzão do Metrô fura sem 'conhecimento' do solo, diz secretário

A afirmação foi feita após ele ser questionado se acha certo que o governo do Estado pague um R$ 1 bilhão a mais pelas obras atrasadas

Estadão Conteúdo

Publicado em 25/11/2015 às 17:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Clodoaldo Pelissioni confirmou que o Metrô de São Paulo não tem conhecimento do subsolo paulistano / (Foto:Sindpaulista)

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, confirmou que o Metrô de São Paulo, acostumado a fazer obras subterrâneas, não tem conhecimento do subsolo paulistano.

A afirmação foi feita na terça-feira, 24, após ele ser questionado se acha certo que o governo do Estado pague um R$ 1 bilhão a mais pelas obras atrasadas da Linha 5-Lilás porque a companhia não previu interferências no projeto básico, tendo que fazer atualizações de contrato durante o andamento das obras.

Planejada para ser finalizada em 2014 e a 650 dias sem ter uma estação entregue, a Linha 5-Lilás do Metrô ficou mais de R$ 1 milhão mais cara por dia só entre maio e novembro deste ano.

"Na hora que os tatuzões escavam (o Metrô) não tem 100% de conhecimento sobre o solo", explica Pelissioni. "Na verdade, na hora que você executa uma obra de Metrô, você tem diversos imprevistos", diz o secretário. Ainda de acordo com ele, durante as obras na linha que vai ligar o Capão Redondo à Chácara Klabin parte do subsolo sob a Avenida Santo Amaro cedeu e futuras estações tiveram de ter as paredes alargadas.

Até uma passarela de pedestres em um dos pátios virou justificativa. As empresas que foram contratadas para fazer a extensão receberam R$ 4,2 bilhões do Estado para executar as obras. Neste ano, o valor subiu em quase R$ 1 bilhão por causa dos "imprevistos" que não foram identificados na fase do projeto básico.

Os valores atualizados são recebidos através de aditivos de contrato: só na Linha 5 o Metrô fez 60. Pelissioni diz também que o Estado publica editais e gasta mais dinheiro público de acordo com a lei, já que as licitações permitem pagar 25% dos valores iniciais das empresas que vencem as concorrências. Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que "não tem alteração de preço", mas sim dos serviços executados.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Mais dois corpos são encontrados durante buscas por PM em Guarujá

Ainda não há informações sobre as identidades dos dois cadáveres

Variedades

Jornalista lança livro sobre a conscientização do valor do voto

Disponível em formato e-book, o 'É assim que eu voto' oferece aos cidadãos uma ferramenta para compreender o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter