10 de Outubro de 2024 • 04:09
Balsas
Segundo informações recentes, atualmente, existe somente um rebocador amarrado a um flutuante, em substituição às balsas que foram retiradas aproximadamente há um ano
Vale lembrar que o Diário do Litoral vem, há pelo menos dois anos, denunciando o descaso do Estado em relação à travessia entre Guarujá e Bertioga / Nair Bueno / Diário do Litoral
Nesta sexta-feira (3), das 15 às 17 horas, na sala de reuniões da Câmara de Guarujá - Avenida Leomil, 291 Pitangueiras, munícipes e lideranças de Guarujá e Bertioga estarão cobrando da diretora do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH-SP), engenheira Jamile Consulin, a solução dos problemas nas travessias entre Santos-Guarujá e Guarujá-Bertioga.
O encontro, organizado e solicitado pela Associação Guarujá Viva (AguaViva). Além das constantes e demoradas filas (Santos-Guarujá), o tema será o transporte feito por intermédio de rebocadores (Guarujá-Bertioga), que deixa sempre dezenas de pessoas em má situação. As balsas não possuem motores.
Segundo informações recentes, atualmente, existe somente um rebocador amarrado a um flutuante, em substituição às balsas que foram retiradas aproximadamente há um ano.
Jamile Consulin é engenheira ambiental, com ampla experiência em licenciamento e supervisão nos mais diversos empreendimentos. Atualmente, no DH-SP, é responsável pela Hidrovia Tietê-Paraná, pelas travessias litorâneas e de Paraibuna.
Vale lembrar que o Diário do Litoral vem, há pelo menos dois anos, denunciando o descaso do Estado em relação à travessia entre Guarujá e Bertioga.
A última denúncia, apontou que as duas balsas - a Bacharel (com capacidade para 12 veículos) e a FB14 (28 veículos) que deveriam estar operando na travessia, estavam sendo utilizadas na travessia Santos-Guarujá e não em manutenção, conforme vem propagando a Secretaria de Meio Ambiente e Logística (Semil), do Governo Paulista.
A informação chegou à Reportagem por vídeo de um leitor inconformado com a questão após o Diário ter publicado duas reportagens sendo que, numa delas, para justificar o uso de flutuantes com rebocadores, a secretária estadual Natália Resende revelou que o sistema de travessias litorâneas estava com uma estrutura precária por conta de reformas emergenciais nas embarcações.
O Diário vem publicando que a anunciada manutenção acontece desde 2022. A solução, segundo Natália seria é uma Parceria Público Privada (PPP) e que o leilão para convocar empresas interessadas em participar do edital só deveria acontecer no segundo trimestre de 2025, com a inclusão da travessia Bertioga Guarujá.
É extremamente difícil aguardar até 2025 e esperar melhorias somente depois de todo o trâmite de contratação da empresa vencedora, o que deve acontecer somente no final do ano que vem.
A paralisação da travessia afeta não só a população de ambas as cidades, que perde horário de trabalho, da escola, de consultas médicas e diversos outros compromissos, como turistas que vêm para a região.
Isso porque evita-se que a hélice e o fundo do rebocador toquem na lama próxima às margens do canal, danificando a embarcação que baliza o flutuante que leva veículos e pedestres ao atracadouro. Ele (flutuante) não pode encostar no berço entre o manguezal e o ponto de embarque e desembarque.
O ideal, segundo falado várias vezes por representantes da comunidade, é o retorno das balsas normais, pois elas não têm esse problema por conta do tipo de casco (fundo da embarcação), que é estilo de rampa e, mesmo com a maré baixa, conseguem atracar, não precisando fazer paradas de até três horas, com os rebocadores amarrados a um flutuante.
É importante e vale lembrar que o problema entre Guarujá e Bertioga já foi levado ao conhecimento das prefeituras e câmaras das duas cidades. Também dos deputados (as) da região. Ninguém fez nada além de enviar ofício cobrando o Estado.
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