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Cotidiano

Protestos causam transtornos na Região nesta quinta-feira

Manifestação interrompeu trânsito na orla e na entrada da Cidade, no Saboó. Organizadores citavam o 11 de julho como um dia histórico para os trabalhadores

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/07/2013 às 08:58

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Santos se transformou em uma cidade sitiada na manhã desta quinta-feira (11). O Dia Nacional de Luta, organizado por sete centrais sindicais, fechou as entradas da Cidade na orla, na divisa com São Vicente, e o acesso ao Sistema Anchieta-Imigrantes, no Saboó, para quem pretendia se deslocar até a Capital. Os organizadores citavam o 11 de julho como um dia histórico para os trabalhadores de várias categorias.

A paralisação do tráfego entre São Vicente e Santos pela orla começou mais cedo, por volta das 5h30. Já o fechamento da Avenida Martins Fontes, que dá acesso à saída de Santos para São Paulo, se deu entre 9h30 e 10h30.

Na Avenida Presidente Wilson, que dá acesso a São Vicente pela orla, 15 ônibus municipais estavam parados em duas faixas da via, pouco antes das 8 horas. Quatro viaturas da Polícia Militar davam apoio à manifestação.

Os manifestantes estavam com faixas e bandeiras das centrais sindicais CUT, Força Sindical, Intersindical, UGT, CGTB, Nova Central e CTB e também de alguns sindicatos, como dos bancários e dos comerciários. Segundo um dos organizadores, José Muniz Júnior, representante da Força Sindical, “com o fator previdenciário, alguns terão de trabalhar até 95 anos para se aposentarem”.

O congestionamento causou uma fila quilométrica de veículos (Foto: Victor Netto/Colaborador)

Mesmo esperando desde quase às 6 horas para chegar a Santos, o ceramista Osnir José da Silva apoiava a manifestação. “Tem de reivindicar mesmo. Não tenho nada contra o movimento”, afirmou ele, que tinha de trabalhar em uma construtora no Canal 4.

A Reportagem também identificou que muitos moradores das duas cidades não escondiam a insatisfação com o transtorno causado no trânsito. As duas calçadas da Avenida Presidente Wilson se transformaram em uma maré de pessoas apressadas para chegar ao trabalho. Já os motoqueiros desceram de seus veículos e passaram a empurrá-los na ciclovia, que também ficou tomada.

Apesar do trânsito bloqueado, o Diário do Litoral presenciou a liberação de dois veículos. Seus ocupantes alegaram que trabalhavam em serviços de Saúde e eles puderam seguir pela avenida vazia rumo a Santos.

Confira um vídeo da manifestação feito pelo repórter Luigi Di Vaio:


Saboó
 
A Avenida Martins Fontes, no Saboó, teve as pistas bloqueadas por volta das 9h30 por dois agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Um deles teve de ser firme ao argumentar com um motociclista sobre a medida: “Estamos fazendo isso para preservar a segurança de vocês. Se passarem por aqui, vão ter problemas lá na frente”, advertiu, para depois sugerir: “avise o seu chefe que está tudo interditado”.
 
O trânsito na Martins Fontes estava sendo desviado para a Travessa João Cardoso, que dá acesso ao Porto de Santos. Por volta das 10 horas, o grupo de manifestantes chegava a ter cerca de 200 pessoas. A Polícia Militar teve de negociar com eles para a liberação de uma faixa da via, porque a fila de carros que se formava no sentido Saboó/Centro era bem extensa.

Manifestates na Rua Amador Bueno, no Centro de Santos (Foto: Fernanda Haddad/DL)

Entrou no caixão

Embora a pauta de reivindicações fosse extensa, não faltou bom humor no ato. Um grupo de manifestantes levou um caixão e, num certo momento, um deles chegou a entrar no ataúde. Um dos organizadores que discursaram, Luiz Xavier criticou a destinação, por parte do Governo Federal, de 10% do orçamento para a Educação “e 45% para meia dúzia de sanguessugas”.

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