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Cotidiano

Prefeito tem até hoje para explicar desvio de função da Guarda Municipal de Santos

A denúncia foi formulada pelos próprios guardas revoltados com a obrigação de ter de vigiar patrimônio privado

Publicado em 16/11/2015 às 12:19

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Termina hoje o prazo para o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) apresentar explicações à Câmara sobre o suposto desvio de função da Guarda Municipal de Santos. A denúncia foi formulada pelos próprios guardas revoltados com a obrigação de ter de vigiar patrimônio privado, atividade flagrada pelo Diário do Litoral na Rua Viscondessa do Embaré, no Centro da Cidade, durante dois dias e em horários diferentes.

Por unanimidade, os vereadores aprovaram o requerimento do vereador Marcelo Del Bosco (PPS), que obriga o chefe do Executivo a informar quais as medidas tomadas após a publicação da reportagem, bem como, se tinha ciência do ocorrido e uma cópia do decreto que determina a segurança de bens particulares.             

É importante lembrar que a Guarda tem obrigação somente de resguardar prédios públicos, porque é paga com o dinheiro do contribuinte. Um leitor enviou também um vídeo mostrando equipes no entorno da Basílica do Embaré, resguardando uma cerimônia de casamento. Há denúncias ainda da utilização da corporação na segurança de lojas maçônicas e outros prédios particulares nos bairros do Gonzaga e Chico de Paula.

Os episódios, dados com exclusividade pelo jornal, levaram não só Del Bosco, mas outros parlamentares como Adilson dos Santos Júnior (PT), Douglas Gonçalves (DEM) e Evaldo Stanislau (Rede) a questionarem os fatos. Os vereadores manifestaram inconformismo pelo fato de que em muitos próprios públicos não existe a mesma atenção dada aos empresários santistas.

Equipes foram flagradas preservando o patrimônio privado por 24 horas (Foto: Carlos Ratton/DL)

Prefeitura

Conforme já publicado, a Prefeitura nega resguardar patrimônio privado. No entanto, o próprio secretário de Segurança de Santos, coronel Sérgio Del Bel, afirmou em programas de televisão regionais que não vê qualquer problema em colocar equipes no entorno de universidades, igrejas, casas noturnas e empreendimentos comerciais que atraiam grande número de pessoas. Para o secretário, a Guarda pode atuar de forma preventiva e ostensiva, como a Polícia Militar, coibindo inclusive roubos e furtos de estabelecimentos privados.  

Na Rua Viscondessa do Embaré, por exemplo, uma viatura, com dois guardas municipais, foi flagrada de prontidão 24 horas. Não há qualquer patrimônio público na via senão imóveis particulares.

Segundo informações exclusivas obtidas pelo DL por intermédio de guardas inconformados com a obrigação de cuidar de bens particulares e solicitações de empresários, as ordens são dadas ‘de boca’ (informalmente), pelo Subcomando da Corporação, para evitar a comprovação do serviço particular.
 

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