Cotidiano

Prédio vira abrigo de usuários de drogas em São Vicente

Moradores das imediações da Biquinha reclamam da falta de segurança e policiamento. Prefeitura diz que pede reforço da PM ao Governo do Estado desde o início do mandato de Bili

Publicado em 11/03/2014 às 10:28

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Reduto de usuários de drogas e alvo de furtos, o edifício localizado no número 48 da Rua Colegial, na região da Biquinha, em São Vicente, tira o sossego de moradores vizinhos.

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Com o fim da temporada, segundo moradores locais, o efetivo de policiais diminuiu e rondas realizadas pelas viaturas não são tão constantes. Durante a Operação Verão, uma base da Polícia Militar permanecia em frente à praia da Biquinha.

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De acordo com Roseli, uma moradora da Rua Colegial, que prefere manter seu sobrenome em sigilo, na segunda-feira de Carnaval, dia 3, bandidos cerraram e levaram o portão de ferro da garagem do condomínio, com dois metros de diâmetro, sem preocupação alguma. A moradora afirmou ainda que ela e outros vizinhos já chamaram a Polícia, mas nenhuma viatura apareceu.

“A Prefeitura deve tomar uma providência pelo descaso que a população vive, não pelo prédio. Não existe policiamento. São Vicente acabou para mim”, disse Roseli que diz se arrepender de ter comprado o apartamento em que vive, quase em frente ao número 48 e que há um ano foi assaltada na porta de casa.

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Com o fim da temporada, segundo moradores locais, o efetivo de policiais diminuiu e rondas realizadas pelas viaturas não são tão constantes (Foto: Matheus Tagé/DL)

Moradora na Rua Colegial há mais de dez anos, Ana Maria presenciou o furto de dez janelas da construção na última quarta-feira. Além de fios, portas e qualquer objeto que ali exista. “A Polícia disse que se o dono não faz nada, eles não podem fazer, pois é uma propriedade privada”, afirmou.

Ana Maria ainda relatou que não existe hora para o consumo de drogas e roubo dentro da construção e na referida rua. O número de usuários aumenta durante a noite dentro das instalações do prédio, “onde cenas de consumo de drogas, álcool e sexo estão à vista” de quem vive e passa diante do edifício.

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Ivané, empregada doméstica que trabalha em um prédio próximo à construção abandonada, descreve a cena que presenciou no começo do ano, na qual, dois jovens “aparentando ser menores de idade estavam destelhando” uma casa próxima, onde vive uma senhora de 72 anos.

Aumento dos moradores de rua

Francisco Celso, vigilante que reside em frente à Praça 22 de janeiro, reclama do aumento de moradores de rua na praça. Ele presenciou que “em uma noite, uma Kombi branca deixou de 8 a 10 pessoas aqui e foi embora”.

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 Localizado no número 48 da Rua Colegial é reduto de marginais e preocupa moradores vizinhos (Foto: Matheus Tagé/DL)

Vice-presidente da Associação de Moradores do Itararé e morador do bairro, Renato Assi reclama que “a violência acomete São Vicente como um todo” e reclama que a “sensação de insegurança é alta em toda a cidade, e não somente em bairros isolados”. Ele afirma que “no Itararé existem diversos pontos de tráfico e muito marginal nas ruas”.

Prefeitura

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A Secretaria de Imprensa e Comunicação Social, da Prefeitura de São Vicente, esclarece que desde que o mandato do prefeito Luis Claudio Bili (PP) começou, a Prefeitura vem fazendo várias solicitações de aumento real do efetivo da Polícia Militar na cidade, junto ao Governo do Estado. Em nota, a Prefeitura afirma que o prefeito solicitou que o efetivo da Operação Verão fosse mantido até o fim do carnaval.

Em relação ao prédio, na Rua Colegial 48, a Prefeitura alega que o responsável pelo condomínio já foi intimado várias vezes pela Secretaria de Obras e Meio Ambiente a apresentar o “Habite-se e AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), além de fechar os acessos e retomar a obra”. Como ainda não cumpriu a última determinação da secretaria, o proprietário será multado.

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