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Cotidiano

Piscina abandonada na Avenida Paris preocupa moradores da Praia Grande

Moradores do bairro Boqueirão pedem ajuda contra focos da dengue; Prefeitura garante que já foi ao local

Luana Fernandes

Publicado em 13/03/2024 às 18:00

Atualizado em 13/03/2024 às 18:17

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Prefeitura afirma que soltou peixes 'barrigudinhos' que se alimentam de larvas e mosquitos da Dengue / Reprodução/Arquivo Pessoal

Os números da dengue só crescem a cada dia na Baixada Santista e com Praia Grande não é diferente. São 128 casos de dengue confirmados na Cidade até o momento e dois de chikungunya. A Prefeitura precisou decretar situação de emergência em saúde pública na última semana, mas desde o mês passado alguns moradores do bairro Boqueirão estão se sentindo vulneráveis e indignados com o abandono de uma piscina e o potencial criadouro gigante do Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. 

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O endereço do problema é Avenida Paris, uma das mais importantes e turísticas da cidade. Segundo os moradores, desde que uma casa de repouso desocupou o endereço, em fevereiro, ninguém mais cuidou da piscina local.

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O programador Márcio Ferreira, de 36 anos, que nasceu no bairro, diz que nunca viu tanto mosquito na vida. “Estamos vendo uma alta enorme no número de mosquitos em casa e não sabemos mais para quem recorrer, já que não conhecemos os donos e a prefeitura não faz nada. Tive que comprar uma raquete elétrica porque os venenos de tomada já estavam fazendo mal para a minha família. Todos ficávamos com dor de cabeça. E em vez de o mosquito ser contido, nós que vivemos trancados, pois basta abrir portas e janelas que fica impossível permanecer dentro de casa”, conta Ferreira. 

A preocupação é a mesma para o representante comercial Volnei Trevellin, de 62 anos, que afirmou já ter reclamado na ouvidoria municipal, mas sem respostas. Ele lembra ainda que enquanto a casa de repouso permanecia no local, desde 2014, tudo era muito bem cuidado. Mas isso mudou no fim de janeiro  - pouco antes de o Brasil bater 1 milhão de casos da doença. “A situação é de desespero”, diz Trevellin.

Casos de dengue sobem 12% na Baixada Santista em 2023

Andrea Dias Rocha de Matos, artesã de 51 anos, também já reclamou na Prefeitura. Segundo a vizinha, ela ligou para o telefone indicado como Disk-Dengue várias vezes. Quando conseguiu atendimento, recebeu um número de protocolo, mas só para guardar de lembrança. “Está tudo abandonado. A piscina está verde e cheia de água. Há vários potes, muitas folhagens e vários focos da dengue. Ligamos várias vezes no número 3596-1882, sem sucesso. No 0800-7733020 tivemos um protocolo mas continuamos sem uma solução. A Prefeitura decretou estado de emergência contra a dengue, mas não tomou providências concretas para solucionar os focos de dengue através das denúncias”, reclama.

A Prefeitura de Praia Grande não concorda. Contatada pela reportagem do Diário do Litoral, a Administração garante que a equipe de Saúde Ambiental esteve no endereço no último dia 27 de fevereiro, realizando a soltura de peixes da espécie lebiste, conhecido como 'barrigudinho', na piscina do local. Segundo a Prefeitura, esse peixe come as larvas e ovos do aedes aegypti e de outros mosquitos e é utilizado estrategicamente em grandes locais com água parada, como piscinas sem tratamento, entre outros.  

“O Município realiza ainda ações de bloqueio de criadouros e conscientização junto à população nas casas, escolas e unidades de saúde. Nesta terça-feira (12) tem início a aplicação da nebulização, popularmente conhecido como fumacê, com a máquina acoplada no carro, no Bairro Tupi”, argumenta o Executivo.

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A Prefeitura ainda informa que, caso o munícipe queira fazer uma denúncia sobre focos de dengue, ele poderá entrar em contato com a Ouvidoria SUS (telefones 0800-773-3020 / 3472-9764, e-mail: [email protected] ou presencialmente na Rua João de Souza, s/n°, Mirim, segunda à sexta, das 9h às 16h) para que a equipe da Saúde Ambiental seja acionada e possa fazer uma vistoria na casa. As equipes fazem ainda a soltura de peixes da espécie Lebiste, conhecido como Barrigudinho, em grandes locais com água parada. Esse peixe come as larvas e ovos do Aedes Aegypti e de outros mosquitos.

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