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Pelos menos 50 pessoas morreram e 90 outras ficaram feridas na sexta-feira (25) em um confronto entre gangues e guardas em uma prisão no noroeste da Venezuela, segundo Ruy Medina, diretor de um hospital local. Imagens de televisão mostraram a Guarda Nacional em torno da penitenciária enquanto internos com roupas sujas de sangue era tirados do prédio. Atrás das barreiras, parentes dos prisioneiros, a maioria mulheres, esperavam notícias.
Muitos dos mortos na prisão de Uribana, no estado de Lara, foram atingidos por tiros, disse o diretor do hospital. Medina afirmou que o número de mortos é alarmante e se baseia apenas nos corpos levados ao hospital. Os prisioneiros começaram a chegar ao hospital na tarde de sexta-feira e muitos tinham ferimentos graves o suficiente para precisar de cirurgia, relatou o diretor
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Iris Varela, ministra responsável pelas cadeias e prisões da Venezuela, disse que o tumulto começou depois que prisioneiros se rebelaram quando as autoridades fizeram uma varredura em busca de armas ilícitas. De acordo com Varela, a tentativa de "desarmar completamente" os prisioneiros foi realizada após sinais de que "gangues de prisioneiros que brigam pelo controle da penitenciária planejavam um acerto de contas".
Partidos da oposição rapidamente criticaram o governo, acusando-o de pouco controle sobre o sistema prisional. "Quem eles vão culpar por esse massacre?", questionou o líder da oposição, Henrique Capriles, em sua conta no Twitter. Humberto Prado, diretor da Organização de Monitoração das Prisões Venezuelanas, que não é ligada ao governo, comentou que até agora o governo "fracassou em assumir responsabilidade pelos eventos".
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A situação na prisão de Uribana vem sendo monitorada pelo Tribunal Interamericano de Direitos Humanos desde 2006, segundo Prado. "O tribunal afirmou ao governo venezuelano que mais nenhum interno deveria morrer na prisão, mas o governo não cumpriu essa determinação e agora nós temos essa séria explosão de violência", afirmou.
Embora as prisões do país tenham capacidade para 14 mil prisioneiros, há quase 50 mil deles atrás das grades. Em agosto passado, pelo menos 25 pessoas foram mortas e 43 ficaram feridas durante confrontos entre gangues rivais na prisão Yare I, nos arredores de Caracas, e em junho de 2011 cerca de 30 morreram em um motim na prisão de Rodeo. As informações são da Dow Jones.
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