Cotidiano

Parlamentares colombianos estão em Cuba para reunião com as Farc

O governo colombiano explicou que a delegação é composta pelo presidente do Senado, Roy Barreras, e por membros da Comissão de Paz do Congresso

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/03/2013 às 14:00

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Seis parlamentares da Colômbia viajaram a Havana, Cuba, ontem (3), para se reunirem com os negociadores de paz das Forças Armada Revolucionárias da Colômbia (Farc). O objetivo é acompanhar o andamento do processo, além de tratar de temas sensíveis como a participação política das Farc, após o término do conflito, e a reparação das vítimas.

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Em comunicado, o governo colombiano explicou que a delegação é composta pelo presidente do Senado, Roy Barreras, e por membros da Comissão de Paz do Congresso. “A delegação terá dois dias de reuniões em Havana, para discutir a visão do Congresso sobre as vítimas do conflito e para avaliar como está o processo para terminar o conflito armado e construir uma paz estável e duradoura”, diz o texto.

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De acordo com o comunicado, emitido pela Presidência da República do país, a delegação teve autorização do governo de Juan Manuel Santos para ir a Cuba.

Analistas colombianos e a imprensa do país apontam que a viagem servirá para que os parlamentares conversem com representantes das Farc sobre a participação de ex-guerrilheiros na vida política do país, após firmado um acordo de paz.

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A possibilidade de que as Farc possam formar um partido político e de que seus integrantes tornem-se elegíveis é um dos temas que encontra a maior resistência entre os representantes políticos da direita no país e em parte da opinião pública.

Em sua conta no Twitter, o ex-presidente Álvaro Uribe, uma das vozes mais críticas ao processo de paz no país, fez várias observações contrárias à participação da guerrilha, após selada a paz no país. "Elegibilidade de terroristas, que democracia discute com terroristas garantias à oposição política?", questionou Uribe.

Mesmo com as críticas, o presidente Santos já afirmou que, após um acordo de paz, as Farc “poderiam fazer política”. O chefe dos negociadores do governo na mesa de diálogos, Humberto de la Calle, também tem chamado a atenção para isso. Em diversas entrevistas, La Calle declarou que “se as Farc querem fazer política, elas devem concluir o processo de paz e ganhar eleições”.

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Do lado da guerrilha, o discurso ratifica o interesse pela participação política. Em recente entrevista à revista colombiana Semana, o número 2 das Farc e chefe da delegação do grupo em Havana, Iván Márquez, disse que gostaria “de fazer política de maneira aberta e legal”.

Na última sexta-feira (1º), as Farc e o governo sinalizaram avanços nas negociações sobre o tema da reforma agrária no país.

A mesa de negociações está em recesso e retomará os debates no próximo dia 11 de março.

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