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Cotidiano

Márcio França pode proibir embarque de animais vivos

Em Santos, entre o final do ano passado e começo deste, o cais do Ecoporto recebeu bois que eram criados em fazendas no interior paulista, distantes 500 quilômetros do litoral

Da Reportagem

Publicado em 20/06/2018 às 09:10

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PL 31/2018 do deputado estadual Feliciano Filho (PRP) será sancionado pelo governador / Reprodução/Facebook

O governador Márcio França (PSB) assumiu publicamente, por meio de suas redes sociais, o compromisso de sancionar o Projeto de Lei 31/2018, do deputado estadual Feliciano Filho (PRP), que proíbe o embarque de animais vivos pelas vias marítimas. Em Santos, entre o final do ano passado e começo deste, o cais do Ecoporto (margem direita do complexo portuário) recebeu bois que eram criados em fazendas no interior paulista, distantes 500 quilômetros do litoral. Os animais foram comprados pela Turquia e embarcados no navio Nada, o maior do tipo no Mundo. A Prefeitura chegou a multar a empresa responsável pelos bovinos em quase R$ 4 milhões.

Os embarques causaram polêmica nas redes, nas entidades que defendem o bem-estar animal e políticos da região. Eles garantiram que o comércio seria extremamente cruel com animais, que passam semanas dentro de um navio em meio a fezes, urina, vômitos, quebrando patas e mal podendo respirar ou se mexer. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3º Região acabou suspendendo a liminar que proibia a exportação de cargas vivas em todo o território nacional. Com isso, a prática foi liberada em todo o país.

O PL ainda não foi encaminhado para votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). “O governador sempre manifestou apoio ao meu projeto. Inclusive, propus o projeto em comum acordo com ele”, afirma o deputado, que ontem se reuniu com ativistas e pessoas interessadas em acabar com a exportação de animais vivos pelos portos do Estado.

Feliciano Filho também tem estudado formas de trazer de volta ao Brasil o boi que, no último dia 14, pulou do navio Aldelta, em São Sebastião, nadou durante 5 horas (10 quilômetros) a fim de escapar da morte. Ele foi resgatado pela Cia Docas, que administra aquele porto, e reembarcado.

 

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