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Cotidiano

Hospital Santo Amaro já deve R$ 280 mil aos anestesistas

Dívida só será paga quando instituição receber repasses do ente público e dos planos privados. A ordem é manter urgência e emergência

Da Reportagem

Publicado em 13/07/2016 às 08:00

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A direção do HSA ainda não tem previsão de quando irá efetuar o pagamento dos salários atrasados dos anestesistas / Matheus Tagé/DL

A Direção do Hospital Santo Amaro, em Guarujá, está se desdobrando para evitar a paralisação dos anestesistas que estão sem receber desde abril último, conforme já havia publicado o Diário no último dia 8. Ontem, a Direção informou que deve R$ 280.632,68 aos profissionais, referentes aos meses de abril e maio, culpa da “crise financeira que atinge a todos e provocou atraso de repasses do pagamento do ente público e de planos privados, o que ocasionou a impossibilidade do HSA repassar os valores devidos a equipe médica”, revela em nota.        

Ainda conforme o HSA, são realizadas, em média 540 cirurgias por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e convênios - cerca de 18 cirurgias por dia, e a “expectativa é de pagar o quanto antes a partir do recebimento dos atrasados”, finaliza a Direção, ressaltando que os serviços de urgência e emergência estão sendo mantidos e há negociação para que os pacientes mais graves, embora não sejam considerados urgência, possam também ser atendidos.

Notificação

Na última quinta-feira (7), o Serviço de Anestesia de Guarujá Ltda (empresa terceirizada responsável pelo procedimento na unidade) enviou uma notificação à Sociedade Santamarense de Beneficência de Guarujá e ao diretor-presidente do hospital, Urbano Bahamonde Manso, alertando que os médicos iriam atender, por cautela, exclusivamente casos de ordem jurídica e ética profissional. A notificação revelava que Manso poderá ser responsabilizado por atos ‘comissivos e omissivos’, de reflexos e danos aos profissionais, pacientes, ao próprio hospital e à saúde pública.

“A falta de pagamento impõe aos médicos empréstimos bancários e outros expedientes para honrarem seus compromissos de ordem profissional e familiar, a despeito de haverem prestado devidamente os serviços de anestesia em todas as cirurgias, as quais o hospital cobrou”, alertava no documento o advogado Francisco ­Paccillo.

O documento, cuja cópia foi encaminhada ao Conselho Regional de Medicina, sugeriu que os diretores técnico e clínico do HSA passem a supervisionar e assegurar as condições mínimas de trabalho.

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