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Cotidiano

Hospital de Cubatão terá quimioterapia e hemodiálise

O centro terá também medicina hiperbárica e fisioterapia, previstos para o segundo semestre deste ano e funcionará no prédio do antigo teatro

Caroline Souza

Publicado em 15/03/2018 às 08:40

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O diretor executivo da Fundação São Francisco Xavier, Luís Márcio Araújo Ramos, fala sobre as novidades no hospital / Rodrigo Montaldi/DL

O Hospital Municipal de Cubatão apresentou, na manhã de ontem, um balanço dos primeiros 100 dias de reabertura. Na ocasião, o superintendente do hospital, o médico Abner Moreira de Araújo, anunciou a implantação de um centro de serviços de alta complexidade do Hospital Municipal de Cubatão.  O centro terá unidades de quimioterapia, hemodiálise, medicina hiperbárica e fisioterapia, previstos para o segundo semestre deste ano e funcionará no prédio do antigo teatro.

De acordo com diretor executivo da Fundação São Francisco Xavier (FSFX) - braço social da Usiminas - Luís Márcio Araújo Ramos, o projeto de reforma hospitalar será concluído ainda neste mês de março e no próximo mês começam as obras para as novas instalações.

“Vamos começar pela quimioterapia e, posteriormente, tratemos a hemodiálise”, comenta. Segundo ele, dependendo do andamento dos trabalhos, será possível o funcionamento, ainda em junho, da quimioterapia.

Além das novas instalações, o hospital pretende contratar mais colaboradores à medida que estes serviços forem sendo ampliados. Até o momento, foram realizadas 473 contratações, sendo 233 da área de enfermagem, 60 de medicina diagnóstica, 78 do setor administrativo e 102 no apoio técnico.

“Do total, 98% são da Baixada Santista, sendo que, destes, 82% são munícipes de Cubatão. Estamos privilegiando os moradores”, comenta o superintendente. Também fazem parte da equipe 120 médicos.

Nos 100 dias de reabertura, foram realizados 127 procedimentos cirúrgicos emergenciais; 807 internações; 237 partos (52% normal e 48% cesárea); 1261 urgências obstétricas; 4.224 exames de diagnósticos por imagem; e 45.624 exames ­laboratoriais.

Abner Moreira anunciou ainda que, a partir desta quinta0feira, um sistema de gestão hospital entrará em funcionamento em todos os computadores da unidade. Segundo ele, isso possibilitará maior eficiência nos procedimentos de registros dos pacientes e reduzirá custos ao hospital.

“Esta semana fizemos uma captação de três órgãos”, comemora Moreira. “Realizar este tipo de procedimento nos coloca em uma posição diferenciada perante o Estado”, complementa.

O diretor executivo foi além, “teremos um polo de transplantes no Hospital. Nossa equipe está preparada”, enfatizou.

O superintendente também comentou sobre a taxa de mortalidade, que foi de 4,5% em dezembro; 6,6% em janeiro e 3% em fevereiro. “Os números refletem a situação que a saúde dos munícipes estava quando reabrimos. Já conseguimos uma queda e a tendência é melhorar ainda mais”.

O prefeito Ademário Oliveira reiterou as conquistas destes primeiros 100 dias de reabertura do Hospital Municipal de Cubatão e comemorou os atendimentos. “Saltamos de dois mil para quase cinco mil atendimentos e zeramos diversas filas”.

Ademário falou ainda sobre a redução de custos do hospital, que de acordo com ele já chegou a ser gerido com R$ 80 milhões por ano - em gestões anteriores - e está trabalhando atualmente com R$ 30 milhões por ano.

Ministério Público

Questionado sobre a ação do Ministério Público, o prefeito diz que o hospital segue aberto. “A população pode ficar tranquila. O hospital não vai fechar”, garante.
No último dia 26, o Tribunal de Justiça (TJ) negou o pedido de liminar do Ministério Público (MP) para suspender a lei aprovada na Câmara, que permitiu a concessão do Hospital à FSFX.

A ação havia sido impetrada por meio do procurador-geral da Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio. O procurador afirma que houve privatização do espaço público, sem processo licitatório. “(...) foi dispensada concorrência pública, com a publicação tão somente de aviso de seleção de entidades sem fins lucrativos para concessão administrativa de bens públicos”.

O TJ, apesar de reconhecer que a Câmara não teria competência para aprovar as leis em questão, entendeu que, caso o contrato fosse cancelado, a Prefeitura não teria condições de tocar o hospital.

Para Ademário, nenhum princípio foi ferido. “O novo Marco Regulatório (das Organizações da Sociedade Civil) pede que entidades cadastrem-se previamente. Todos os cadastrados foram avisados. Não foi feita licitação pela urgência de reabertura, tínhamos um prazo”, finaliza.

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