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Cotidiano

Funcionários da Codesavi cruzam os braços novamente

Hoje, em assembleia, eles irão saber se empresa tem contraproposta e revisão das demissões

Da Reportagem

Publicado em 30/06/2016 às 10:00

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O motivo da paralisação é a falta de resposta da companhia às reivindicações / Matheus Tagé/DL

Onze dias após o encerramento de uma greve de nove dias, os funcionários da Codesavi cruza os braços novamente. A greve começou nesta quarta-feira, dia 29. A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos) percorreu os locais de trabalho, dispensou o pessoal e marcou assembleia conjunta para às 8 horas de hoje, diante do Paço Municipal.

O motivo da paralisação é a falta de resposta da companhia às reivindicações para data-base de acordo coletivo em maio. E também contra quase 200 demissões que ocorreram na semana passada.

O presidente do sindicato, Marcos Braz de Oliveira, o Macaé, informou que o departamento jurídico prepara dissídio coletivo, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pelas reivindicações da campanha salarial e contra as “demissões sem critérios”. “Já nem lembro quantas greves fizemos neste ano e em 2015. Mas foram todas por atrasos de salários, de benefícios ou dos dois ao mesmo tempo”, diz o presidente. “Pode ser que a Codesavi apresente uma proposta plausível. E aí, ela será levada à assembleia desta quinta (hoje)”.

Até a semana passada, a empresa tinha 1.250 empregados, mas, no último dia 22, 100 comissionados e 85 operacionais foram demitidos. Macaé lamenta não poder confirmar os números por falta de informações por parte da Codesavi. “Por mais que a gente pergunte, a direção da empresa e a Prefeitura não respondem sobre o número de demitidos”, reclama o presidente do Sintracomos.

A categoria reivindica a reposição salarial com base na inflação dos últimos 12 meses, algo em torno de 10%, e o retorno dos demitidos. A greve desta semana foi aprovada em assembleia, na última terça-feira, dia 28.

Prefeitura

A diretoria da Codesavi garante que, até o fechamento desta edição, não tinha sido comunicada oficialmente sobre a paralisação. Já a Prefeitura reafirmou que a Codesavi foi “duramente atingida pela crise econômica”.

A Administração lembra ainda que a crise na Codesavi teve início há tempos, gerando passivos que comprometeram várias ações e projetos, como a construção de habitações populares. A iniciativa foi frustrada diante da impossibilidade da obtenção da documentação habilitadora, como Certidões Negativas exigidas e vedações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. “Diante disso, a alternativa para reequilibrar a receita foi promover drástico corte de despesas”, finaliza.

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