O filho da cuidadora de idosos Clarice da Costa, que morreu após ser atropelada na calçada do Aeroporto de Congonhas na manhã deste sábado (8), disse perdoar o motorista responsável pelo acidente. "Eu o perdoo, não sou ninguém para condená-lo. Só acredito que não se pode beber e dirigir para que não ocorra uma tragédia", disse Robson de Oliveira, de 36 anos, filho mais velho de Clarice.
Clarice tinha 56 anos e foi enterrada na manhã de domingo (10) no Cemitério da Saudade, em Piracicaba. Era separada e deixou três filhos e quatro netos. Sua filha, Camila Ariele Turolla Carvalho, de 27, também atropelada pelo mesmo veículo, permanece internada no Hospital Saboya, na zona sul de São Paulo. Ela fraturou uma das pernas e não corre risco de vida.
Clarice e Camila embarcariam para Florianópolis e foram atingidas pelo Honda Civic prata de Wagner Gomes Alvarenga, de 23 anos. Câmeras de segurança do aeroporto registraram o acidente. A perícia ainda vai determinar a velocidade do carro.
Em depoimento à Polícia Civil, Alvarenga admitiu que voltava de uma festa de confraternização, onde havia bebido. Segundo a delegada Fernanda Herbella, o rapaz tinha 0,28 mg de álcool por litro de sangue - o permitido é 0,13 mg - e foi autuado por embriaguez, pois já não tinha condições de dirigir. A quantidade, porém, não configura crime de embriaguez ao volante - seria preciso ter 0,6 mg.
Alvarenga permanece detido e deve ser indiciado por homicídio doloso (quando há a intenção de matar).