26 de Abril de 2024 • 19:23
As indústrias foram responsáveis pelo desenvolvimento da cidade de Cubatão / Nair Bueno/DL
Cubatão celebra hoje seu 72º aniversário. A Cidade conseguiu sua emancipação político-administrativa em relação a Santos no dia 1º de janeiro de 1949. O primeiro prefeito assumiu em 9 de abril do mesmo ano, fazendo desta a data oficial do aniversário do Município.
No entanto, sua história começa muito tempo antes. Localizada no sopé da Serra do Mar, Cubatão sempre teve extrema importância para o acesso ao Planalto Paulista. O primeiro caminho ficou conhecido como Trilha dos Tupiniquins, por ter sido aberto pelos índios. Depois, passou-se a utilizar o Caminho do Padre José. Mais tarde, a Calçada do Lorena tornou-se o principal caminho entre o litoral e o planalto.
O Porto Geral de Cubatão teve a sua origem na primeira metade do século XVIII. Ao seu lado, desenvolveu-se um povoado, por muito tempo conhecido por essa denominação. Era ali que as cargas e mercadorias trocavam as balsas que vinham do porto pelo lombo das mulas que subiam a Serra do Mar.
Por pouco tempo (1833-1841) o povoado esteve elevado à categoria de município, período após o qual foi anexado a Santos. Antes, era ligado a São Vicente. O Povoado manteve-se praticamente estagnado até a década de 1920, quando surgiram as obras da Usina da Light e da Companhia Santista de Papel. Em 1947, a inauguração da Via Anchieta dinamizou o tráfego entre São Paulo e a Baixada Santista. Seis anos após a emancipação, em 1955, a Refinaria Presidente Bernardes foi inaugurada, dando início ao início ao processo que transformaria o município em um dos mais importantes polos petroquímicos da América Latina. Outro marco foi a instalação da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) – atual Usiminas –, em 1963.
Com o passar dos anos, Cubatão foi se transformando, ganhando indústrias. Além da geração de empregos, as cerca de 30 indústrias são a base da sustentação econômica da Cidade e garantem aos cofres públicos a maior arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Baixada Santista.
Um destaque negativo do auge da ‘Era Industrial’ foi a poluição. Cubatão ficou conhecida como ‘Vale da Morte’, devido à alta mortandade relacionada à poluição. Distante desse passado, o panorama ambiental melhorou significativamente e Cubatão é hoje um símbolo mundial de recuperação ambiental, condecorada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
HÁ CINCO MIL ANOS.
Os sambaquis fornecem informações da atuação do homem pré-histórico. A palavra deriva dos termos tupis ‘tãba’ (conchas) e ‘qui’ (monte), ou seja, montes de conchas que, geralmente, são encontrados no litoral brasileiro.
Os sambaquis existentes em Cubatão foram estudados por equipes do Museu Paulista e do Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo (USP). Constatou-se que os sambaquis remontam a aproximadamente 5 mil anos. Os locais de estudo foram Piaçaguera e Ilha dos Casqueirinhos.
Além das conchas foram encontrados martelos, machados e facas de pedra. Há claros indícios de cerimônias em enterramentos de integrantes do grupo. Havia, dessa forma, uma intensa movimentação por serem locais referenciais para o homem primitivo. Os sambaquis constituem peça fundamental para entendimento das práticas desse longínquo período da evolução humana.
Cubatão e os seus significados
O nome Cubatão possui várias hipóteses quanto a sua origem e significação. Segundo o historiador Francisco Martins dos Santos, o nome da cidade deriva do tupi ‘Cui-pai-ta-ã’, contraído em ‘Cui-pai-tã’ e transformado por assimilação em Cubatão. A palavra significa “rio que cai do alto”.
Outro estudioso, José de Souza Bernardino, considera que o significado seja “pequeno morro”, mas não cita a origem da palavra.
Já o historiador João Mendes de Almeida, defende a teoria de que o nome Cubatão significa “empinado em escadaria” e provém da palavra ‘Gu-bi-itã’.
O termo defendido por um dos grandes cronistas do século XVIII, frei Gaspar da Madre de Deus, é que Cubatão era a designação comum de portos fluviais. A região possuía muitos portos devido à existência de vários rios.
Para o estudioso cubatense Joaquim Miguel Couto, a palavra vem de ‘Cu-ba-tã’, ou seja, “rio de pé de serra”.
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