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Cotidiano

Famílias lamentam prejuízos após chuva em Taboão da Serra

A chuva atingiu imóveis próximos a um córrego que deságua no piscinão do Pirajuçara

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/03/2015 às 14:38

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Moradores e comerciantes da cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, reclamam dos prejuízos provocados pela enchente de ontem (19). A chuva atingiu imóveis próximos a um córrego que deságua no piscinão do Pirajuçara. O aposentado José Fonseca da Silva, de 69 anos, foi levado pela enxurrada e continua desaparecido.

Hoje (20) de manhã, moradores das ruas Santa Luiza, Getúlio Vargas e José Soares de Azevedo tentavam limpar as casas e retirar móveis e eletrodomésticos destruídos pela água. A Defesa Civil do município interditou dois imóveis. Agentes de saúde aplicaram vacinas contra difteria e tétano e orientaram as pessoas sobre leptospirose.

Na casa do desempregado Gustavo Augusto Tessiture, 20 anos, o nível da água chegou a 1,5 metro. “Em frações de segundo, a água subiu. Foi desesperador.” Ele contou que mora com o avô, justamente para protegê-lo das enchentes, que, segundo ele, são comuns na região. “Tive de subir com ele para o andar de cima. Agora, não sei por onde começar. É desanimador, mas a vida em primeiro lugar. O resto a gente conquista.”

Dono de uma papelaraia, Izelso Menegusso, 55 anos, disse que convive com o problema há 17 anos. “A gente já perdeu tudo aqui cinco vezes. Na última, no dia 12 de dezembro, não deu tempo de colocar as comportas e perdemos as máquinas copiadoras. Um prejuízo de 150 mil reais.”

No início da tarde, os bombeiros ainda buscavam pelo aposentado José Fonseca da Silva, 69 anos, que desapareceu após ser arrastado pela enxurrada. O filho dele, Alessandro Fonseca da Silva, 42 anos, informou que o pai acompanhou a mulher na fisioterapia e desapareceu enquanto a aguardava.

“Minha mãe me ligou avisando que não estava encontrando meu pai. Pela televisão, vi a imagem do carro dele sendo virado."

Vera Lúcia Cardoso de Campos, aposentada de 66 anos, mora às margens do córrego desde a década de 70. Ela perdeu as contas de quantas enchentes vivenciou. “Tivemos três enchentes só este ano. Uma ocorreu em janeiro, outra em fevereiro e esta agora. Na primeira, demorou três dias para o governo nos socorrer. A segunda, dois dias. Ontem, vieram só por causa da mídia. Liguei em todas as televisões.”

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