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Cotidiano

Famílias do Paecará ajudam a construir suas próprias casas

Voluntários da Dow Química dedicam um dia de trabalho à construção de 32 casas populares

Publicado em 24/02/2013 às 21:35

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Ivani Ivan Batista Ramos, 58 anos, casada, mãe de quatro filhos. A empregada doméstica começa a construir o seu sonho. Moradora da favela Atlântica, no Paecará, Ivani carrega com satisfação, os tijolos, um a um, que aos poucos vão formando a parede de sua futura casa. “Eu acho maravilhoso. É o dia mais feliz da minha vida!”, declara Ivani que mora na favela Atlântica há 22 anos.

A família de Ivani foi contemplada com uma das 32 casas populares que estão sendo construídas pela Dow Química Brasil em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), a ong Habitat for Hmanity e a Prefeitura de Guarujá, que cedeu um terreno de 1.900 m², no Paecará. Cerca de 230 funcionários voluntários das sedes de Guarujá e São Paulo dedicaram um dia de trabalho ao início das obras de construção das unidades, juntamente com as famílias beneficiadas no projeto, durante o dia de ontem.

O diretor industrial da Dow Química Brasil/Unidade Guarujá, Climério Pinto Neto, afirmou que a comunidade do Paecará foi escolhida pela proximidade do bairro com a empresa, situada na Avenida Santos Dumont. Cada unidade tem 42 m², sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço. O diretor industrial disse que o valor da casa é de cerca de R$ 27 mil. Porém, as famílias arcarão com R$ 3 mil que serão pagos em parcelas mensais. Os R$ 24 mil restantes serão subsidiados pela Dow Química, Habitat for Humanity e CEF.

Segundo o prefeito Farid Said Madi, as obras devem ser concluídas no segundo semestre do próximo ano. ”Esse convênio elaborado pela Secretaria de Planejamento da Prefeitura foi aprovado na Câmara. Esse convênio complementa o nosso projeto de reurbanização do Rio Acaraú, com as unidades que faltariam para a remoção das famílias do Rio Acaraú”, afirmou o prefeito.

O projeto municipal para o Rio Acaraú prevê a construção de 100 unidades habitacionais. As obras, segundo Farid, devem começar em janeiro com o término do processo licitatório. De acordo com o prefeito, as famílias contempladas foram selecionadas no cadastro que foi feito anteriormente das famílias que moram em submoradias.

“Imagina a melhor coisa que já me aconteceu na vida? Assim que me sinto ajudando a construir a minha casa”, disse a moradora da favela Atlântica Elenice Rego Edeltrudes, enquanto pegava o tijolo. Separada e mãe de três filhos, a aquisição da casa própria é o segundo passo rumo a sua felicidade. Já que sua filha de 18 anos que foi submetida a um transplante de rim, recebeu alta na quinta-feira.

Tijolo ecológico

A arquiteta e coordenadora regional de projetos da ong, Andréa Holz Ptutzenreuter, explicou que a técnica utilizada na construção das casas reduz os custos de 15% a 30%. “Os tijolos são ecológicos, feitos de barro prensado e não queimado. Usamos cola branca ao invés de cimento e rejunte. As madeiras das portas e janelas também são certificadas”.
  
Rio Acaraú

Segundo o prefeito existem dois projetos para o Rio Acaraú que demandam duas licitações diferentes. Um se refere a canalização e outro a reurbanização e habitação. “Se houver a necessidade de algumas famílias terem que deixar suas casas antes do término das obras, nós vamos incluí-las na locação social para que não haja atraso no cronograma de obras”.

A canalização será feita com recursos do fundo do Dade. Já as unidades habitacionais em parceria com a CEF terá contrapartida da Prefeitura de 20% dos R$ 2 milhões que serão investidos. O prefeito disse que a participação municipal já está prevista no orçamento de 2008.

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