08 de Maio de 2024 • 00:08
Cotidiano
População garante que número de assaltos na região aumentou com as obras de restauração do equipamento e a demolição do posto policial no localizado nas proximidades
“Aqui não tem policiamento. Assim como não tem em nenhum lugar dessa cidade”. Foi assim que o aposentado Osvaldo Quintanilha, morador do Parque Bitarú, em São Vicente, falou quando foi questionado sobre a segurança nas redondezas da Biquinha e da Ponte Pênsil.
A reclamação é geral. Ninguém se sente seguro ao passar pelas Avenidas Getúlio Vargas (que liga a Praça da Biquinha à Ponte Pênsil) e Newton Prado (que liga a Ponte Pênsil à Avenida Luís Antônio Pimenta). “Arrancaram a porta do meu prédio e todo dia eu escuto o grito de alguém que foi assaltado. Tenho que levar a minha filha de 16 anos todo o dia na escola porque não confio em deixar ela passar por aqui em qualquer horário do dia”, reclama a do lar Eliana de Brito, que mora em um edifício situado na Avenida Getúlio Vargas.
Segundo os moradores, após o início das obras de restauração da ponte, o número de assaltos no local aumentou. O posto policial que existia ligando uma avenida à outra foi demolido. “Antes, o policiamento já era difícil. Agora, sem o posto, ficou ainda pior. Se você ver mais de três moleques de bicicleta, pode correr. Eles vão te assaltar. Eu queria saber onde está o efetivo da Polícia e da Guarda Municipal que não passa por aqui”, explica Quintanilha.
Com as obras, a passagem de carros na ponte foi bloqueada. Apenas pedestres e ciclistas podem passar pelo local, o que, segundo os moradores, é um risco. “Não tem iluminação na ponte e não tem policiamento. É claro que as pessoas serão assaltadas”. Afirmou o aposentado e pescador Carlos Alberto. “Manda o prefeito passar pela ponte, às 20 horas, sem segurança, como a população faz. Quero ver se ele sair ileso”, sugere Quintanilha, que por frequentar o Deck dos Pescadores, todo dia vê uma vítima de assalto nas redondezas.
Outra sugestão do aposentado é a interdição da ponte para passagem de pedestres e ciclistas. “Eles poderiam arrumar outra solução para ajudar a população que precisa atravessar a ponte. Colocar uma van que leve os moradores para o outro lado. Mas deixar a população ser assaltado todo dia, não dá”, explica.
Quem resolve?
A reportagem do Diário do Litoral questionou a Prefeitura de São Vicente, a Polícia Militar (PM) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) sobre as reclamações dos moradores.
A Prefeitura de São Vicente informou, através de nota, que a segurança nos locais citados compete à PM. Afirma ainda que a Guarda Civil Municipal (GCM) realiza rondas periódicas na região. Quanto à iluminação na Ponte Pênsil, O Executivo vicentino garante que a mesma é de responsabilidade do DER, órgão responsável pelas obras no local.
Já o DER afirma que, com relação à iluminação pública, a responsabilidade é da Prefeitura, através de seu contrato a empresa CITILUX e da concessionária local CPFL. Informa também que a acessibilidade de pedestres e ciclistas à Ponte Pênsil é de responsabilidade do departamento e da empresa contratada para as obras, Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A. “A empresa instalará dois equipamentos nobreak nos holofotes para que em caso de falta de energia ela sustente a iluminação das áreas em obras”, garante o DER.
Em nota, o departamento também frisou que não cabe a ele a manutenção da segurança pública no local, uma vez que o órgão mantém vigias para assegurar o patrimônio utilizado nas obras. E informou ainda que, quanto ao Posto Policial, ele foi demolido para que outro, com instalações mais modernas, seja construído. Segundo o DER, a previsão coincide com o cronograma final de obras, em junho de 2014.
Já a Polícia Militar, através da seção de comunicação do 39º BPM/I, esclareceu que o fechamento da Ponte Pênsil diminuiu o fluxo de veículos na Avenida Getúlio Vargas, direcionando-o para outras vias como a Ponte do Mar Pequeno, o Viaduto Mario Covas e a Avenida Capitão Luiz Pimenta. “Com a desativação do Posto Policial para a reforma da Ponte Pênsil, o efetivo foi remanejado para o policiamento com viatura nos bairros do Japuí e Parque Prainha e houve ainda a ampliação do policiamento com uma viatura na Ponte do Mar Pequeno, outra na descida do Viaduto Mario Covas, esquina com a Rua Polidoro de Oliveira Bitencourt, e outra na Avenida Capitão Luiz Pimenta, que refletiu na redução dos indicadores criminais locais e da cidade”.
A PM informou ainda que, durante o verão haverá um reforço maior na Avenida Getúlio Vargas, próximo à plataforma de pesca, além de monitoramento por câmeras e operações com vistas ao tráfego irregular de bicicletas.
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