X

Cotidiano

Extremistas ocupam unidade de armas químicas no Iraque

As autoridades não acreditam que os militantes sunitas serão capazes de criar uma arma química funcional do material existente ali

Publicado em 19/06/2014 às 15:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Extremistas sunitas no Iraque ocuparam o que já foi uma fábrica de armas químicas de Saddam Hussein, um complexo que ainda contém um estoque de armas antigas, informaram o Departamento de Estado dos Estados Unidos e outras autoridades do governo norte-americano.

As autoridades não acreditam que os militantes sunitas serão capazes de criar uma arma química funcional do material existente ali. O estoque de armas no complexo Al Muthanna é antigo, contaminado e de difícil remoção, disseram.

Mesmo assim, a captura do estoque de armas químicas pelas forças do Estados Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), o grupo rebelde que está conquistando territórios iraquianos, atraiu a atenção dos EUA.

"Permanecemos preocupados com a captura de qualquer instalação militar pelo EIIL", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, em comunicado. "Não acreditamos que o complexo contenha materiais de arma químicas de valor militar. e seria muito difícil, se não impossível, transportar de maneira segura esses materiais."

O complexo Muthanna fica perto do Lago Tharthar, cerca de 45 quilômetros a noroeste de Bagdá, uma área agora no controle dos rebeldes sunitas. O EIIL assumiu o controle da maior parte da província de Anbar, bem como Mosul, a segunda maior cidade do Iraque.

Autoridades militares disseram que os EUA estavam bem cientes do arsenal de Muthanna e não teriam deixado isso ali se representasse uma ameaça militar. Ainda assim, quando os EUA se retiraram do Iraque, não esperavam que uma grande área do país, incluindo bases militares, seria invadida por militantes sunitas radicais. Um funcionário da Defesa norte-americana disse que, se os EUA soubessem que o governo iraquiano iria perder o controle tão cedo, poderia não ter deixado as antigas armas químicas naquele lugar.

Autoridades norte-americanas enfatizaram repetidamente que a captura dos estoques de armas químicas não constitui um ganho militar significativo para o EIIL. O grupo consideraria as armas inúteis mesmo que tivessem acesso aos bunkers fechados onde estão armazenadas, disseram autoridades. De acordo com elas, o grupo ainda não teve acesso a esses bunkers.

"As únicas pessoas que provavelmente seriam prejudicadas por estes materiais químicos seriam as pessoas que tentassem usá-las ou movê-las", disse um oficial militar.
 

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Guarujá

Autor guarujaense transforma foco e criatividade em obra literária

De acordo com o próprio autor, o projeto tem a grande meta de conectar a criatividade e identidade

APURAÇÃO

Promotoria de Justiça Cível de Santos começa investigação sobre reforma da Câmara

A iniciativa partiu após o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) ter lido reportagem do Diário do Litoral, publicada em 22 de abril e que teve vários desdobramentos

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter