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Cotidiano

Estudantes de Medicina de Cubatão se mobilizam pela prevenção ao câncer de mama

Eles vão promover palestras e rodas de conversas virtuais com especialistas a partir desta sexta-feira (9)

Da Reportagem

Publicado em 08/10/2020 às 14:14

Atualizado em 08/10/2020 às 14:18

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A palestra de abertura é nesta sexta-feira (9), às 19 horas / Divulgação

Os estudantes de Medicina da São Judas – Cubatão estão engajados no Outubro Rosa, mês de alerta e prevenção ao câncer de mama. A partir desta sexta-feira (dia 9), eles promovem a programação de palestras e rodas de conversa com especialistas para tratar do tema e tirar dúvidas. Tudo de forma virtual, gratuita e aberta ao público.

A palestra de abertura é nesta sexta-feira (9), às 19 horas, sobre Conscientização e Prevenção do Câncer de Mama com a mastologista Marina Filié Haddad Piccinalli, além de uma roda de conversa sobre câncer de mama e amamentação com a enfermeira especialista em amamentação Sandra Abreu.

No dia 15, às 20h, o psicólogo Vinicius Santiago Bomfim vai falar sobre Aspectos Psicológicos do tratamento de Câncer de Mama na Mulher. Para mais informações sobre como participar, basta acessar o Instagram do Centro Acadêmico da faculdade @caesaaa.usjt.

Prevenção na Pandemia

Por conta da pandemia, muitas mulheres deixaram de procurar seus médicos para realizar os exames de prevenção ao câncer de mama, como a mamografia. O ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da São Judas em Cubatão, Maurício Sabbatino, destaca que a Sociedade Brasileira de Mastologia informou que todos os serviços de diagnóstico sofreram uma redução drástica no número de pacientes e o atraso no diagnóstico pode reduzir as chances de cura. “Os serviços de saúde pública, contudo, estão atendendo as mulheres com segurança”.

Artigo publicado no jornal inglês The Guardian alerta que a crise do Coronavírus pode levar a 18 mil mortes adicionais devido ao câncer no próximo ano no Reino Unido, por conta do atraso nos tratamentos e consultas. “O que não podemos esquecer é que as pacientes em tratamento de câncer muitas vezes não podem esperar o final da pandemia (que ninguém sabe ao certo quando será). As recomendações internacionais são unânimes em advertir que os pacientes não devem abandonar seus tratamentos oncológicos, sob pena de afetar a eficácia dos mesmos”.

Sabbatino ressalta que não há como estimar corretamente se haverá ou qual será a magnitude de prejuízo em relação ao prognóstico de câncer de mama pelo atraso no diagnóstico precoce. “Devemos seguir as recomendações de nossas Sociedades Científicas e avaliar a situação da pandemia em cada região, estado e cidade, a fim de minimizar eventuais prejuízos futuros, ponderando com a recomendação ainda vigente de distanciamento social”.

Câncer de Mama

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres.

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja, retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Quanto mais cedo o câncer for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as taxas de cura podem superar os 95%.  A mamografia é o único método de rastreio associado com diminuição da mortalidade pelo câncer.

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