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Cotidiano

EMTU não especifica prejuízo com as obras do VLT paradas

Presidente Joaquim Lopes esteve ontem na região e não soube dizer qual foi a despesa com a paralisação dos trabalhos, conforme havia anunciado anteriormente

Publicado em 05/02/2014 às 10:08

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Apesar do anúncio, no início de janeiro, de que as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) paradas causariam o prejuízo de R$ 3 milhões por dia, o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes, não soube dizer qual foi a despesa total com a paralisação dos trabalhos no trecho específico da Avenida Francisco Glicério durante 22 dias.

Lopes esteve ontem em São Vicente para visitar a estação cenográfica do trem do VLT na Praia do Itararé. Na ocasião, ele falou com a Imprensa. Questionado sobre qual seria o montante do prejuízo da paralisação de 22 dias, causada por uma liminar da Justiça a pedido do Ministério Público Estadual, o presidente não soube especificar o valor.

No começo de janeiro, assim que as obras do VLT avançaram para o canteiro central da Avenida Francisco Glicério, o MPE entrou com pedido de liminar na Justiça contra as intervenções no meio da avenida. O órgão afirma que o projeto executivo inicial do VLT teve alteração no trecho que compreende a via, entre os canais 1 e 3.

Um dia após a divulgação da intenção do Ministério Público em acionar a Justiça para paralisar as obras no trecho, um grupo de autoridades reuniu a Imprensa para divulgar que o dia de obras paradas custaria ao Estado R$ 3 milhões. Entre as autoridades estava o presidente Joaquim Lopes.

Lopes e os prefeitos de Santos e São Vicente na estação cenográfica do VLT ontem (Foto: Luiz Torres/DL)

O Ministério Público questionou o valor e encaminhou um ofício à EMTU pedindo o detalhamento sobre prejuízo diário das obras do VLT. O órgão deu um prazo de 48 horas para que a empresa respondesse.

Lopes afirmou, durante entrevista ontem, que o documento com os esclarecimentos foi enviado ao MP no tempo determinado, no entanto ele não soube especificar o conteúdo. “Tem os juros que se paga por esses recursos, são dois financiamentos, dinheiro emprestado para o Governo do Estado. Depois tem a própria mão de obra. Tivemos que contratar mais gente para manter o cronograma, alugar mais equipamentos. A gente não mensurou isso certinho, mas mandamos todas as informações para o Ministério Público”, disse.

O Diário do Litoral recorreu à assessoria de imprensa da EMTU para obter as informações sobre os prejuízos com a paralisação. O setor de comunicação respondeu que as obras do VLT levarão até 30 dias para retomar o seu ritmo normal. Só então será possível avaliar as despesas decorrentes da interrupção.

Paralisadas desde o dia 14 de janeiro, a obras do VLT foram retomadas na Avenida Francisco Glicério no último sábado. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo autorizou o retorno dos trabalhos no trecho.

‘Não vai ter atraso’

Mesmo com os 22 dias de paralisação dos trabalhos no trecho da Avenida Francisco Glicério, o presidente da EMTU garantiu ontem que o prazo para a conclusão das obras do VLT não será prorrogado. Os testes operacionais do equipamento estão previstos para começar em julho. A expectativa é de que a população poderá utilizar o novo modal a partir de 2015.

“Em 2014, o sistema estará operando. No final de julho será feita a primeira viagem para testes e sete estações estarão prontas até maio, quando chegam os primeiros trens”, afirmou Lopes.

O trecho contempla a primeira etapa, com 9,5 Km de extensão, entre Barreiros (São Vicente) e a Avenida Conselheiro Nébias (Santos).

“É uma obra que está sendo aguardada e discutida há duas décadas, e hoje nós estamos na metade do caminho. Quase 50% da obra concluída, um avanço importante. A Prefeitura de Santos não mediu esforços, se empenhou e muito para que essa obra pudesse continuar”, ressaltou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, que acompanhou a visita do presidente da EMTU, junto ao prefeito de São Vicente, Luis Claudio Bili.

Exposição

A estação cenográfica do trem do VLT exposta na Praia do Itararé, em São Vicente, fecha ao público no próximo dia 15. E, ainda este mês, a primeira estação real de parada do VLT será apresentada à população, “só a arquitetura, ainda sem sistema operacional”, ressalta o presidente da EMTU.

A estação será construída na Vila Valença, em São Vicente. Ao todo serão 11 estações entre Santos e São Vicente, mais um terminal (Barreiros), uma estação de transferência e um pátio de apoio.

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