15 de Outubro de 2024 • 07:01
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deu início à sua visita a Washington nesta segunda-feira agradecendo as tropas e os contribuintes dos Estados Unidos por seus sacrifícios em quase 14 anos de guerra. Ele prometeu que seu país não continuará a ser um peso para o Ocidente.
"Não perguntamos agora o que os Estados Unidos podem fazer por nós", disse Ghani em declaração que tem como objetivo reforçar a convicção do governo de Barack Obama de que ele é um parceiro confiável a quem vale a pena dar apoio no longo prazo. "Queremos dizer o que o Afeganistão fará por si mesmo e pelo mundo", acrescentou o presidente afegão. "E isso significa que vamos colocar nossa casa em ordem."
O relacionamento de Ghani com Washington representa um enorme contraste na comparação com seu antecessor, Hamid Karzai, cujo antagonismo em relação aos Estados Unidos culminaram na recusa em assinar acordos de segurança com Washington e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) antes de deixar o cargo, no ano passado.
Ghani assinou os acordos poucos dias após tornar-se presidente, em setembro, e desde então tem tido um relacionamento próximo com diplomatas e líderes militares norte-americanos.
Ghani e seu executivo-chefe, Abdullah Abdullah, foram recebidos pelo secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, numa cerimônia no pátio central do Pentágono.
Ghani e Abdullah Abdullah foram levados a seguir para o retiro presidencial de Camp David, para reuniões a portas fechadas com Carter e o secretário de Estado John Kerry. Ainda nesta semana, Ghani vai se reunir com o presidente Barack Obama na Casa Branca e discursar para uma reunião conjunta do Congresso.
Carter disse que Ghani é um líder comprometido, que sabe que "o futuro do Afeganistão, em última análise, é do controle e decisão dos afegãos".
Os temas enfatizados por Carter e Ghani - o fato de os novos líderes de Cabul serem mais confiáveis e gratos à ajuda norte-americana e que os Estados Unidos sozinhos não podem resolver os problemas afegãos - são fundamentais para a abordagem do governo para colocar em prática a promessa do presidente Barack Obama para acabar com a guerra.
Obram prometeu remover os soldados norte-americanos remanescentes no Afeganistão até o final de seu mandato, mas deficiências nas forças de segurança afegãs, grandes baixas na fileiras do Exército e da polícia do país, um novo governo frágil e temores de que combatentes do Estado Islâmico possam ganhar posições no Afeganistão persuadiram Obama a desacelerar a retirada.
Em vez de reduzir a atual força norte-americana de 9.800 militares para 5.500 até o final deste ano, autoridades dos Estados Unidos dizem que o governo pode mantê-los até 2016. Obama disse que, depois disso, os Estados Unidos só poderão manter uma força de segurança sediada em sua embaixada em Cabul, talvez com 1.000 homens.
Ghani precisa de um compromisso firme a respeito do apoio norte-americano em sua luta contra o Taleban e outros grupos insurgentes, dentre eles um afiliado do Estado Islâmico. Com isso em mente, o presidente afegão afirmou, na cerimônia no Pentágono, que os Estados Unidos estão apoiando o lado vencedor.
"Nós morremos, mas nunca seremos vencidos", disse Ghani. "O terrorismo é uma ameaça. É o mal. Mas as pessoas do Afeganistão desejam falar a verdade ao terror dizendo não, que ele não vai nos esmagar, nos subjugar. Vamos vencer."
"Neste esforço, nossa parceria com os Estados Unidos é fundamental porque será a primeira linha de defesa da liberdade em todo o mundo '', acrescentou.
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