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Cotidiano

Dia sem luz e de prejuízo para o comércio de Guarujá

Acidente em subestação do CTEEP prejudicou a movimentação do comércio central da Cidade.

Publicado em 12/01/2013 às 11:18

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ET’s, super-herói, fim do mundo, aurora boreal. As brincadeiras nas redes sociais não chegaram nem perto do real motivo de luzes azuis iluminarem o céu do Guarujá na madrugada de sexta-feira (11). O clarão veio de um curto circuito em uma das subestações da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), instalada em Vicente de Carvalho.

O acidente aconteceu às 2h32 desta sexta-feira e impressionou moradores de Guarujá e de Santos. Alguns filmaram a explosão e publicaram no You-Tube e no Facebook.

Mas o que foi brincadeira para alguns virou dor de cabeça para outros. A energia só foi normalizada às 13 horas. Até lá, os comerciantes da Avenida Thiago Ferreira ficaram no escuro e de portas fechadas.

Maga zine Luiza - Consumidores que dormiram na fila por promoção esperaram até as 15 horas para serem atendidos. (Foto: Matheus Tagé/ DL)

Grandes varejos foram prejudicados. O problema maior foi registrado na filial da Magazine Luiza. Ontem era o dia da Liquidação Fantástica 2013, promoção que faz consumidores dormirem na fila para aproveitar todos os descontos. Ontem, a loja, que normalmente abre ao público por volta das 9 horas, começou a funcionar às 15 horas.

Mas, até o horário, os consumidores reclamaram. “Eu estou aqui desde as 22h30 de ontem (quinta-feira). Eu não acredito que eu passei a noite toda aqui e vou para casa sem comprar nada”, lamentou a vendedora Rosilda de Oliveira dos Santos. Os consumidores também reclamaram da falta de organização da loja para atender quem estava na fila. “Não tem organização nenhuma, não deram nem uma senha, nem uma satisfação, nada”, reclamou a auxiliar de enfermagem Luana Andrade de Jesus.

Contatada pela reportagem do DL, a assessoria da Magazine Luiza informou que o gerente regional e da filial procuraram os consumidores presentes em frente a loja para decidir o que fazer. Segundo eles, quem estava na fila optou esperar a energia voltar. A assessoria informou ainda que senhas foram distribuídas e um lanche foi oferecido aos consumidores que passaram a noite no local. Afirmou também que a loja começou a atender às 15 horas e ficaria aberta até atender todos os clientes.

Perecível

Outro problema sério foi encontrado no comércio de carnes Boi Branco. “Estou com o frigorífico lotado, sem luz desde as 2 horas da madrugada e não sei o que fazer. Mais produtos chegaram pela manhã e não tenho onde colocar. Quero saber quem vai pagar o meu prejuízo”, reclamou o gerente do açougue, Luzinaldo Alves de Souza.

Segundo o gerente, a carne armazenada no frigorífico consegue ficar oito horas sem ser afetada. Mas o material que não estava armazenado por falta de espaço não aguentaria muito tempo. “Vamos cobrar deles na Justiça. Temos mais de R$ 40 mil em produtos não armazenados que chegaram hoje”, explica Souza, afirmando que essa não é a primeira vez que o açougue é prejudicado pela companhia de energia. “Um sábado antes do Natal ficamos mais de seis horas sem luz. Vendemos pouco e recorremos à Justiça. Agora, vamos recorrer de novo”, finaliza.

Açougue - Mercadoria ficou sem refrigeração. (Foto: Matheus Tagé/ DL)

Oficial

31.151 consumidores ficaram sem energia devido a interrupção ocorrida na subestação Vicente de Carvalho, de responsabilidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). Parte dos clientes teve o fornecimento restabelecido pela manhã, a outra parte (cerca de 24.300 usuários) foi religada por volta das 13 horas. A empresa aguarda a apuração das causas da interrupção pela CTEEP, responsável pela subestação.

Já a Prefeitura informou que está atenta aos trabalhos, porém, não interfere nas ações de normalização da energia. Informou ainda que, ontem, não houve interrupção dos serviços públicos dispensados à população. “As unidades escolares localizadas na Região estão em período de férias. Já as Unidades de Saúde — mesmo com a falta de energia — tiveram atendimento normal. As vacinas destes equipamentos precisaram ser recolhidas e acondicionadas em locais com refrigeração adequada. A rápida ação da Diretoria de Vigilância em Saúde evitou que alguma dose fosse descartada”, informou por nota.

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