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A suspeita de que o Programa de Congelamento de Favelas não está apresentando resultados fez o vereador Murilo Barletta (PR) ter aprovado ontem (11) na Câmara um requerimento com questionamentos sobre a iniciativa.
No requerimento, ele quer saber da Prefeitura o cronograma de trabalho do programa e o número de famílias que hoje vivem nessas submoradias.
“Há uma indústria do barraco. Quando uma família sai do barraco para ir a uma residência de programa habitacional, o barraco não chega a ser desmontado e é novamente ocupado”, afirmou Barletta, que pediu a criação de uma força-tarefa para combater o problema. “Se isso não for feito, vamos estar enxugando gelo”.
Murilo Barletta lembrou da dificuldade do Poder PúPúblico de encontrar áreas em Santos para a habitação popular e destacou que no final do Caminho da Capela (Zona Noroeste) a favela avança e, do outro lado (em São Vicente), o problema se repete fazendo quase as duas cidades se “encostarem”.
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A ocupação irregular dos espaços, disse Barletta, tem resultados em “desastres ecológicos”. Ele deve levar a questão ao Ministério Público.
Ainda quanto aos danos ao Meio Ambiente que o problema da falta de moradias acarreta, Benedito Furtado (PSB) disse que o Rio Furado, na Vila dos Criadores, encontra- se totalmente assoreado. “Hoje não é possível a entrada de uma draga. Quando chove, a água fica represada no bairro”.
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Parte do problema da manutenção das favelas, segundo Douglas Gonçalves (DEM), se dá porque cabe ao morador desmontar seu barraco, quando ele é sorteado para ir a uma unidade habitacional financiada por programas governamentais. “Uma outra família acaba sempre ocupando esse barraco”.
‘Impotente’
Ex-diretor de Habitação da Cohab-Santista (empresa responsável pela criação e gerenciamento de unidades habitacionais para pessoas de baixa renda), Sandoval Soares (PSDB) admitiu se sentir “impotente” com relação ao problema das favelas.
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