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O prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili (PP), vai entrar com processo na Justiça contra seu antecessor, Tércio Garcia (PSB), nesta semana, por “improbidade administrativa”. Bili quer o Poder Judiciário analisando o convênio firmado na gestão passada com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para implantação do Portal de Gestão Unificada (PGU).
“Estarei pedindo o ressarcimento do recurso. A sociedade precisa de satisfação. E como ele foi irresponsável, tem que fazer com que o dinheiro volte para os cofres públicos”, assinalou ontem Bili, referindo-se a Tércio Garcia.
O chefe do Executivo vicentino prestou depoimento ontem na Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta na Câmara para apurar atos do governo passado, apontados por Bili como irregulares logo que assumiu o Paço Municipal.
Depois de falar por pouco mais de uma hora com os vereadores, o chefe do Executivo afirmou aos jornalistas que, provavelmente, essa será a “primeira de várias ações”. “Em todos os itens, quando for detectado uma possível irregularidade, o Poder Judiciário será acionado”.
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Ainda quanto ao PGU, o prefeito refutou a tese apresentada por Tércio Garcia de que a interrupção do convênio foi um “ato político do atual governo”. O chefe do Executivo usou o tema para cravar mais uma frase de efeito.
“Acho que a água ou o suco de laranja de Limeira não estão fazendo bem para a cabeça dele”, comentou, referindo-se à cidade onde Tércio exerce hoje o cargo de secretário municipal de Administração. “Como é que eu pago essa conta?”
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Segundo ele, a primeira tentativa feita com o ministério para a retomada do convênio recebeu resposta negativa por parte do órgão federal.
Sono escasso
Terminando seu décimo mês de mandato, o prefeito vicentino chegou a mais um número da dívida que herdou de Tércio: R$ 988 milhões e 1oo mil, quase o mesmo valor estimado para seu segundo ano de governo.
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O sono de Bili, porém, tem ficado escasso por causa de uma parte desse montante: os R$ 218 milhões e 600 mil referentes às despesas empenhadas a sem pagas a curto prazo. “O curto prazo é que acaba com qualquer administrador. Esses R$ 200 milhões tem tirado o sono da gente”.
A situação se agrava pelo alto índice de inadimplência de carnês de IPTU, mesmo em regiões bem servidas de serviços municipais, como Orla, Centro e Itararé.
“Nossa situação financeira hoje é delicada. Se a Prefeitura fosse uma empresa privada já estaria falida há anos”, destacou Bili.
Sem pizza
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Ele acredita que o resultado da CEI será positivo para a sociedade. “Não tem cheiro de pizza”, avaliou.
O presidente da CEI, Alfredo Martins (PT), afirmou que possivelmente a comissão terá prazo ampliado para a finalização dos trabalhos, previstos para terminarem em novembro.
Segundo ele, Bili ficou de repassar aos vereadores informações complementares. Não está definido se haverá a necessidade de ouvir mais pessoas, além dos 16 depoentes que já passaram pela CEI.
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