Carlos Alberto da Silva Gonçalves é o pai do bebê L.S.G, de quatro meses / Rodrigo Montaldi/DL
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O bebê L.S.G, de quatro meses de vida, finalmente foi transferido do Hospital dos Estivadores para a Santa Casa de Misericórdia de Santos, que possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, necessária para mantê-lo vivo. A história, que foi contada com exclusividade pelo Diário do Litoral sob a manchete Pai Luta Pelo Filho nos Estivadores, no último dia 29, pressionou os órgãos públicos e mobilizou várias pessoas que foram prestar solidariedade à família.
A tia da criança, professora Cristiane Leila da Silva Gonçalves e seu irmão e pai do menino, Carlos Alberto da Silva Gonçalves, estiveram na redação do jornal após terem batido na porta da Defensoria Pública, que havia dado 24 horas para que a Direção dos Estivadores transferisse o bebê, por conta da situação emergencial de saúde da criança e a necessidade de tratamento adequado. A família estava há meses tentando e não conseguia.
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“Estou ligando para agradecer o Diário. Graças a vocês (redação) o meu sobrinho conseguiu a transferência tão sonhada, que poderá lhe garantir a sobrevivência. Que Deus ajude sempre esse jornal, que estendeu a mão para minha família em um dos momentos mais difíceis de nossas vidas”, disse Cristiane, que alertou, porém, que o menino passou por uma cirurgia e tem fé que ele vai se recuperar e ir para casa.
24 horas
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Vale a pena ressaltar a Defensoria Pública de Santos foi implacável na ajuda à criança. A defensora Lais Rabello Zaros se baseou no relatório de uma médica neonatologista do próprio Estivadores, que atestou que a UTI Neonatal, a qual o menino estava internado desde quando nasceu, só tinha condições de atendimento de bebês com até 28 dias de vida. “O paciente necessita de atendimento médico especializado em crianças maiores de um mês, além de exames específicos que não dispomos em nosso serviço”, afirmara a profissional.
A médica salientava que a criança aguardava a realização de vários exames e precisava de uma investigação diagnóstica para saber porque ainda dependia de ventilação mecânica e intolerância alimentar, bem como, porque de sua má formação do sistema urinário. Ela elencou nove possíveis diagnósticos sobre a saúde de L.S.G. “Tomara que a situação a qual passamos não ocorra com outras famílias de Santos e região”, finalizou a professora.