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Cotidiano

Bazar Boa Sorte encerra atividades após 60 anos dedicados ao comércio de São Vicente

Funcionando desde 1955, loja de artigos para pesca despediu-se do público na sexta-feira (20)

Da Reportagem

Publicado em 22/08/2021 às 13:30

Atualizado em 22/08/2021 às 21:35

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Clarice Shiguemi Hashizume e o Sr. Tokio Hashizume em foto dos anos 70, no bazar. / Arquivo/Clarice S Hashizume/Fb/Nikkeis de SV

Um pequeno e tradicional comércio de artigos para pesca, onde os fregueses vinham para bater um papo, escutar as histórias do fundador Tokio Hashizume (“seo Tóquio”) e receber dicas do filho Iwao Hashizume (ou “seo Walter”, para quem não consegue pronunciar), encerrou  na sexta-feira (20) as atividades, após 66 anos atuando no comércio de São Vicente. Não por acaso, o Bazar Boa Sorte deu "sayonara" ("adeus", em japonês) no aniverário de 83 anos de Iwao. 

Foram duas gerações dedicadas ao comércio na movimentada Rua Martim Afonso. Amante da pesca, Tokio fundou o Boa Sorte em 1955, com esse nome bem sugestivo para seus clientes. Tokio faleceu em 2003, aos 96 anos, mas bem antes disso, Iwao, que sempre acompanhou o pai tanto na loja como nas pescarias, já dava continuidade a essa admirável arte do comércio.

Com espírito empreendedor, Iwao trazia experiência e técnica para o seu estabelecimento, produzindo artesanalmente as famosas varas de bambu, dando importantes dicas para os seus clientes e oferecendo produtos de qualidade aliados ao carisma e gentileza.
 
O Bazar Boa Sorte era ponto de parada obrigatória para vicentinos e turistas que amam a pescaria.
 
Toda a dedicação não foi em vão. Juntamente com a esposa Iracema Keiko, Iwao, com os frutos do Bazar Boa Sorte, criou os cinco filhos com esmero. “Filhos de São Vicente”, que estudaram no Grupão, no Martim Afonso, nadaram travessias nas águas do Gonzaguinha e agora seguem seus caminhos, cada um com a sua profissão.
 
“A loja envolvia toda a família. Quando éramos estudantes ajudávamos um pouquinho, cada filho com a sua tarefa. Agora nossa maior felicidade é meu pai, aos 83 anos, ter encerrado as atividades do Bazar Boa Sorte com saúde para aproveitar a vida!”, afirma a filha caçula, Patricia.

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