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Cotidiano

Base de São Vicente estaria sendo usada como transbordo

Denúncia é de um funcionário da Codesavi, empresa ligada à Prefeitura

Publicado em 04/02/2015 às 11:45

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A base operacional da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) estaria sendo usada há cerca de dez dias como área informal — irregular — de transbordo (separação) dos resíduos sólidos recolhidos nas ruas e avenidas do Município. A denúncia é de um funcionário da empresa, ligada à Prefeitura.

Conforme destaca este trabalhador, o lixo é levado para esse local, na Avenida Nações Unidas, Vila Margarida, e separado antes de ser encaminhado ao destino final, no Aterro Sanitário do Sítio das Neves, Área Continental de Santos.

Após ouvir o relato do funcionário da Codesavi, o Diário do Litoral foi até a base operacional da empresa e constatou oito caminhões repletos de lixo nas proximidades do local.
Segundo o funcionário da Codesavi, a movimentação de separação do lixo ocorre pela manhã. Ontem, até um cão morto estaria entre o material recolhido, o que obrigou um segurança a jogar creolina para tentar eliminar o forte cheiro.

A Prefeitura negou, ontem à noite, qualquer uso da base operacional da Codesavi como área de transbordo. Segundo a Secretaria de Comunicação, desde a interdição do Parque Ambiental do Sambaiatuba todos os resíduos sólidos estão sendo levados diretamente para o Aterro Sanitário em Santos.

Conforme a Secretaria de Comunicação, os oito caminhões vistos pela Reportagem no entorno da empresa tinham recolhido material de praias e de vias públicas (galhos e folhas, por exemplo), e não lixo orgânico e residencial.

Ainda de acordo com a Prefeitura, esse material não produz forte odor. Os caminhões estariam esperando outro veículo, maior, para levar o material até o Aterro Sanitário hoje pela manhã.

Os veículos carregados estavam estacionados perto da sede operacional da empresa, na Vila Margarida (Foto: Matheus Tagé/DL)

Três áreas

Ontem, o prefeito Luis Cláudio Bili (PP) voltou a confirmar, em um encontro com líderes comunitários da Área Continental e vereadores, que a futura área de transbordo ficará mesmo nessa região do Município.

Três áreas estão sendo estudadas e um pré-projeto está em fase de elaboração. Esse estudo avalia itens como impermeabilização do solo, a destinação do chorume (líquido resultante da decomposição de resíduos orgânicos), além de questões logísticas.

Bili vai marcar uma audiência pública, provavelmente na próxima semana, com técnicos da Cetesb (órgão ambiental do Governo do Estado), vereadores e moradores para discutir a implantação desta nova área de transbordo.

De acordo com a Secretaria de Comunicação, a definição de uma área de transbordo é prioridade para o Governo Municipal, em razão do prazo de 180 dias, firmado com o Ministério Público do Estado, para o encontro de uma solução definitiva para o impasse, decorrente da interdição do Parque Ambiental do Sambaiatuba, no mês passado.

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