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Cotidiano

Asperger não é barreira para Bruna

Jovem santista ultrapassa os limites psicológicos e escreve livros infanto-juvenis. “Gosto de viajar no tempo e com personagens brasileiros”

Carlos Ratton

Publicado em 03/07/2016 às 09:00

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Ao lado da mãe Giane, a escritora Bruna Blue conta como iniciou na carreira de escritora, que possui dois livros publicados: ‘Organização Infernal’ e ‘Mistérios e Monstros’ / Diário do Litoral

Ela tem 19 anos e escreve desde os seis. Já publicou dois livros infanto-juvenis: ‘Organização Infernal’ e ‘Mistérios e Monstros’. Nada limita Bruna Ribeiro Cunha, ou melhor, Bruna Blue. Nem mesmo a Síndrome de Asperger — uma condição psicológica semelhante a do autista, caracterizada por dificuldades significativas na interação social e comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos.

“Eu gosto muito de ler. Eu já escrevi sete livros, mas somente dois foram publicados. O primeiro fala de uma escola mal-assombrada e tem cinco personagens principais. O segundo é uma continuação do primeiro. Tudo acontece no Colégio Moreira, em que monstros estão prestes a atormentar jovens e esses jovens estão querendo mais do que nunca destruí-los. Em meio ao fantasma de uma mulher, uma pedra e um livro que solta uma velha bruxa de sua prisão, os pré-adolescentes crescem, amadurecem, têm seus romances e suas lutas pessoais enquanto tentam resolver tudo isso. A obra também mescla monstros com lendas folclóricas brasileiras”, conta.

A jovem revela que é muito difícil viver como escritora, pois as editoras cobram caro. “Minhas inspirações vieram de personagens de livros que eu li. Gosto de viajar no tempo, com personagens históricos do nosso País. Também gosto de abordar relacionamentos e questionamentos de adolescentes em minhas histórias”, explica a escritora, que adora ficar na frente de um computador, já concluiu o Ensino Médio e pretende ser engenheira ambiental.

Bruna Blue também adora cinema e teatro. “Um dos meus livros adaptei para cinema. Escrevi um roteiro. Mas acho que a produção é complicada por causa dos monstros. Vai precisar de muito efeito especial”, acredita, revelando que já concluiu uma nova obra: ‘As aventuras da Piratrupe’. Uma pequena história do mundo dos piratas.

Mãe

A mãe de Bruna, a jornalista Giane Andréa Ribeiro, disse que a ­síndrome só foi confirmada quando Bruna tinha oito anos. A menina com cinco anos já era uma criança adiantada. “Nessa idade, ela já havia ingressado na primeira série do Ensino Fundamental. Ela começou a ter dificuldades de ­relacionamento, se ­tornou agressiva e entre 14 e 15 anos tentou o suicídio. Ficou três meses internada em uma clínica psiquiátrica e quando saiu revelou que queria ser escritora”, explica Giane, alertando que hoje, por conta da escrita, a filha leva uma vida normal.

Para quem quer conhecer a escritora e também investir em suas obras, basta ligar para a estudante universitária Angélica Aciole, pelo telefone 99618-0690. Angélica, junto com a mãe de Bruna, é a responsável pela carreira de escritora de Bruna Blue.

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