Comerciantes acreditam que diferença de preços se deve ao público, mais popular em SV / Nair Bueno/DL
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Almoçar no Centro de São Vicente durante a semana chega a ser R$ 7 mais barato do que no Centro de Santos. O ticket médio calunga varia de R$ 23 a R$ 25, enquanto o santista vai de R$ 27 a R$ 32.
Em São Vicente, um prato executivo com frango ou contrafilé é vendido por R$ 15, com bebida, já em Santos chega a custar R$ 24. A feijoada vicentina custa R$ 20, a santista R$ 30.
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Porém, nas duas cidades há opções ainda mais baratas, como marmitas a R$ 10, ou restaurantes populares onde o cliente faz uma refeição completa, com direito a suco e gelatina de sobremesa sem gastar mais do que R$ 12.
Janice Oliveira é gerente de um tradicional restaurante por quilo no Centro de São Vicente, que chega a atender 300 pessoas diariamente. O buffet variado oferece as misturas triviais, carnes, frios, saladas e até comida japonesa.
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Chamando os clientes pelo nome, Janice explica que o local é frequentado quase sempre pelas mesmas pessoas. "É gente que trabalha por aqui ou idosos que moram perto. Como o restaurante existe há nove anos, os clientes viraram amigos".
Na mesma rua, outro antigo restaurante tem opções para todos os públicos e bolsos. Logo na entrada, motoboys fazem fila para escolher o menu da marmita do dia, que sai por R$ 13.
Quem almoça no salão encontra o quilo a R$ 46,90, com fartas opções no buffet. Há ainda, a opção de escolher pelos pratos feitos por R$ 15 ou massa por R$ 12,99.
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"Nós oferecemos todas essas opções para que quem vem aqui todo dia tenha variedade na hora de escolher o que comer, já que 80% dos nossos clientes são diários. Os preços também variam porque a gente precisa agregar todos os bolsos", brinca o gerente Hyuri de Oliveira Ferreira.
Ele acredita que a diferença de preços para almoçar entre as duas cidades se deve ao público, mais popular em São Vicente. A concorrência vicentina também é maior, mas com preços menores, "ou seja, tem muitos locais oferecendo comida barata, então os comerciantes não podem aumentar muito os preços para não perder a clientela".
Já o público dos almoços do centro santista, comumente, é formado por funcionários de empresas portuárias que possuem um valor de ticket refeição maior que quem trabalha, por exemplo, no comércio de São Vicente.
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Levantamento
O valor médio gasto pelos trabalhadores do Sudeste cresceu 87% nos últimos dez anos, passando de R$ 19,10, em 2009, para R$ 35,72, em 2018, segundo levantamento da Ticket, empresa de benefícios de refeição e alimentação.
Considerando a inflação no período, o almoço fora do lar durante a semana está 6,06% mais caro hoje, no Sudeste, com relação ao primeiro ano em que a pesquisa foi realizada.
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Em território nacional, o gasto com alimentação fora de casa, durante o almoço, passou de R$ 18,20 para R$ 34,84.
A menor variação no preço médio da refeição na última década ocorreu no Centro-Oeste, onde o incremento no custo foi de R$ 16,06.
O Sul, por sua vez, é a região com a maior variação: R$ 18,78 nos últimos dez anos. O valor real da refeição na região em 2018 foi de R$ 34,18.
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