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Chama o Síndico

SED – Síndrome do Edifício Doente. Você já ouviu falar?

Muita gente nunca ouviu falar disso. Nos meios ligados à engenharia ou medicina e meio ambiente ele é bem conhecido: A SED (Síndrome do Edifício Doente) é apenas um dos riscos ergonômicos e biológicos que ocorrem em prédios.

Conheça um pouco sobre ele, e veja que algumas ações simples podem resolver 80% dos problemas.

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A arquitetura, engenharia e construção civil avançaram muito nos últimos anos, surgindo novos conceitos e formas de construção de prédio - edifícios sem paredes internas, sistemas centrais de ar-condicionado, redução nos espaços de circulação de ar, colocação de vidros para estabilização da temperatura, a poluição das ruas, os novos materiais sintéticos e outros artifícios efetivaram a criação de microclimas artificiais, cujo objetivo é dar conforto aos usuários.

Na mesma proporção, esse conjunto de fatores favorece a contaminação interna.

No entanto, o preço do conforto pode ser alto.

Pela primeira, em 1982, a OMS (Organização Mundial da Saúde), conceituou e definiu uma nova Síndrome: a Síndrome do Prédio Doente).

Frequentemente, estes problemas surgem quando a manutenção do edifício, ou as atividades e tarefas desenvolvidas no seu interior são pouco consistentes com a estrutura e operacionalidade adequadas, ou seja, os problemas que ocorrem no interior dos edifícios resultam muitas vezes de um desenho estrutural desajustado, considerando as atividades dos seus ocupantes (edifício não adequado aos fins para que é utilizado).

Por isso são várias as causas dos sintomas dessa síndrome: podem ser problemas de projeto, de construção, instalação, manutenção, decoração, alta densidade populacional, janelas seladas que não abrem, baixo padrão de higienização e limpeza, má localização das tomadas de ar, fumaça de cigarro.

Um exemplo comum são os sistemas provocados por ar-condicionado sujo, pois lá os microrganismos e bactérias encontram um ambiente perfeito para sua proliferação.

A falta de manutenção de sistemas de ar-condicionado e a limpeza malfeita são duas razões para a síndrome.

Em 1998, o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, foi vítima de uma pneumonia rara, causada por um tipo de bactéria, a Legionella sp., que pode ser encontrada em sistemas de refrigeração de ar-condicionado sem manutenção.

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Todo cuidado é pouco. Porém algumas ações simples podem minimizar o problema.

Primeiro, vamos entender um conceito básico: o que é a Síndrome?

O termo “síndrome dos edifícios doentes (SED)” é usado para descrever situações de desconforto laboral e/ou de problemas agudos de saúde referidos pelos trabalhadores ou usuários, que parecem estar relacionados com a permanência no interior de alguns edifícios - ou seja: talvez o doente não seja você, mas sim o lugar onde passa grande parte do tempo.

As queixas podem estar relacionadas com um compartimento ou área específica, ou com a totalidade do edifício.

O termo “doenças relacionadas com edifícios (DRE)” é utilizado quando os sintomas de uma doença específica estão relacionados com um determinado edifício e são atribuídos a eventuais contaminantes ambientais ou aéreos, e quando 20% ou mais dos ocupantes do prédio apresentam as queixas ou sintomas.

Quais os Sintomas?

Vamos dividir o assunto em dois: sintomas da SED (Síndrome do Edifício Doente) e sintomas da DRE (Doenças Relacionadas com Edifícios).

Sintomas da SED:

Os ocupantes do edifício apresentam sinais e sintomas associados a situações agudas de desconforto, nomeadamente:

    fadiga

    cefaleias

    dificuldade de concentração

    hipersensibilidade a odores

    irritação ocular, nasal e/ou da faringe

    náuseas e tonturas/vertigens

    prurido cutâneo e/ou pele seca

    tosse seca

A causa destes sinais e sintomas é geralmente desconhecida, e a maior parte deles desaparecem ou atenuam depois de se abandonar o edifício.

Sintomas da DRE:

Os ocupantes do edifício apresentam geralmente os seguintes sinais e sintomas:

    arrepios

    dores musculares

    febre

    sensação de opressão torácica

    tosse

Os sinais e sintomas são bem definidos clinicamente, existem causas identificáveis e a maior parte deles só desaparecem vários dias depois de se abandonar o edifício.

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DICAS

Diversos estudos mostram que o uso de plantas de interior, minimizam bastante os impactos negativos da SED.

Um ambientador muito simples de fazer e bastante agradável, é ferver água com menta, deixar arrefecer e colocar gotas de limão.

Outra sugestão, consiste em ferver lentamente água com folhas de laranjeira frescas, e acrescente alfazema e o alecrim, que por si só já têm cheiro bastante agradável.

Um estudo da NASA mostra que através de plantas de interior é possível reduzir a poluição do ar em interiores em cerca de 80% em poucas horas, sobretudo o benzeno e triclorotileno.

No caso de habitações e escritórios, a aplicabilidade destas plantas é também bastante favorável.

Na remoção do fumo do tabaco e formaldeído emanado pela cola dos aglomerados e papéis de parede, podemos recorrer à Azálea, Fícus e Palmeira.

Os cactos, por sua vez, são muito conhecidos pela sua capacidade de absorver as radiações dos aparelhos eletrônicos, devendo ser colocados junto a TV´s e computadores.

Em espaços onde se possam alojar insetos e moscas, principalmente onde se faz comida, deve-se usar o gerânio.

Para remoção da umidade, existente sobretudo nas casas de banho, pode se usar o manjericão.

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Lembre-se sempre: prevenção, em qualquer situação, é o melhor remédio.

Manutenção em dia valoriza o prédio. E protege a saúde de todos!

Saúde é o que interessa. E a boa manutenção predial ajuda – e muito!

“Quem tem saúde tem esperança e quem tem esperança tem tudo.”

* Provérbio árabe

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