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Engenharia do Cinema

‘Planeta dos Macacos’ não perde seu Reinado em seu quarto capítulo

Desde o término da última trilogia de "Planeta dos Macacos", onde tivemos o desfecho da trajetória de César (vivido com maestria por Andy Serkis), acreditávamos que não existiria uma maneira da produção seguir o mesmo padrão de qualidade nos próximos capítulos da saga. Muito menos estabelecer um arco tão interessante quanto.

Após a compra da Fox pela Disney, a casa do Mickey fincou um planejamento para a realização de mais seis filmes da saga (em um total de nove), com "Planeta dos Macacos: O Reinado" sendo o quarto.

Com um elenco e equipe novos, vemos que a qualidade não foi perdida e confirma que há muito para ser explorado neste universo que recomeçou do zero em 2011.

A história se passa 300 anos depois do arco de César, em um mundo pós-apocalíptico com os macacos reinando e transformando os humanos em seus fantoches e presas.

Neste cenário somos apresentados a Noa (Owen Teague), que após cometer um descuido, tem sua aldeia atacada pelos seguidores do maléfico Proximus Caesar (Kevin Durand).

Em sua jornada para resgatar seus colegas que foram sequestrados, ele acaba conhecendo a misteriosa Mae (Freya Allan), e ele começa a perceber que o mundo está muito pior do que imaginava.

Conhecido pela trilogia de "Maze Runner", o diretor Wes Ball sabe como conceber cenas de ação em cenários distópicos.

Por conta disso, temos muitas delas emplacadas de uma forma que consegue captar a atenção do espectador com maestria, principalmente pelo cuidado que o roteiro de Josh Friedman ("Avatar: O Caminha da Água") teve com os personagens (algo que "Godzilla e Kong", não chegou nem perto).

Em um prólogo onde ele passa apresentando Noa e toda sua família e amigos, começamos a criar um vínculo com ele, antes da ação e suspense ser colocado em pauta.

Como estamos em um mundo onde os macacos agem e comandam, a inserção de Mae é trabalhada como os humanos são vistos "sem voz e sem audácia", e isso Freya Allan faz muito bem (lembrando que em "The Witcher", ela já apresentou um talento para este tipo de personagem).

Embora não exista um tratamento mais amplo para ela, uma vez que sua presença se iguale ao que já vimos com James Franco e Jason Clarke nos longas anteriores.

Diferente do caso de Noa, cuja inserção neste primeiro momento é apenas para mostrar o quão o mundo está dividido entre aqueles que interpretam como lhes interessa o que César fez nos últimos longas. Por conta deste peso, a história começa a apresentar uma amplitude maior, mesmo que Proximus Caesar seja um típico vilão canastrão.

Mesmo não havendo o ator e cineasta Andy Serkis envolvido, muito menos um Matt Reeves, os efeitos visuais e atuações em torno da captação dos movimentos dos macacos ficaram muito plausíveis da mesma forma. Se essa nova saga terá o mesmo gás que a original, que contém cinco filmes lançados entre os anos de 1968 e 1973, apenas o tempo dirá.

"Planeta dos Macacos: O Reinado" é um sinal de que a Disney está indo no caminho certo, se tratando de não inventar em mudar os enredos que já estavam funcionando nas mãos da Fox.

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