X

Bola ao Léo

Palmeiras e Santos: O céu e o inferno

O futebol paulista protagonizou as disputas nacionais em 2023. O São Paulo venceu a Copa do Brasil, setembro, e, na última quarta, o Palmeiras se consagrou campeão brasileiro pela 12ª vez. Mas, nem todo destaque foi positivo: o Santos chamou o holofote para si com o maior vexame de sua história.

Palmeiras

Falar do Palmeiras é mais simples. O que o Abel Ferreira faz é surreal para o nível do futebol brasileiro, e, como dito por esta coluna desde dezembro do ano passado, deveria ter sido o sucessor de Tite na seleção brasileira. Claro que tudo só foi possível graças ao Botafogo que teve a maior pipocada de todos os brasileiros, mas o Palmeiras não tem nada a ver com isso.

Com Endrick puxando a volta por cima, o Verdão sempre se manteve próximo do G-4 e mostrou mais uma vez ser o Alviverde Imponente na hora derradeira da temporada. Mal nas Copas, o Palmeiras se recuperou na última chance que tinha, e foi bicampeão consecutivo do nacional.

Já o Santos...

Podem tentar colocar a culpa em quem quiser:
No Atlético-MG, que não repetiu as boas atuações e foi goleado pelo Bahia;
No São Paulo, que sempre que é campeão de algo inédito acabou rebaixando um de seus três rivais paulistas;
No Fortaleza, que jogou em alto nível um jogo de "cumprir tabela";
Na arbitragem;
seja em quem for.

O verdadeiro culpado é o próprio Santos, com um protagonista: o presidente Andrés Rueda. O mandatário parece ter se esforçado para que esse rebaixamento acontecesse. Vexame em 2021, vexame em 2022. Foi a passeio na Sul-Americana caindo precocemente, quase rebaixado no Campeonato Paulista por duas vezes e coadjuvante na Copa do Brasil. Um planejamento péssimo, que visava organizar as finanças do clube, mas que parece ter fracassado até nisso. Um presidente que não entende de futebol, montou um time limitado e desequilibrado, e acabou rebaixando pela primeira vez na história o Alvinegro Praiano.

Só não caiu antes por ser um clube gigantesco. A torcida, junto com o peso da camisa, conseguiram manter o Santos de pé, mas no ano seguinte, a direção parecia montar um time ainda pior, para sofrer ainda mais. E depois de três tentativas, o pior para o Peixe aconteceu.
Além de terem sido três anos, é irônico pois o Santos teve três partidas no fim para vencer apenas uma. Fluminense que cumpria tabela, na Vila Belmiro, Athletico-PR, em Curitiba, que já não ambicionava nada tão próximo, e o Fortaleza, novamente dentro de sua casa.

Eu poderia dizer que "quis o destino" que o Santos caísse graças a um gol de Marinho, ex-Peixe, que foi protagonista na última grande competição do clube, o vice da Libertadores de 2020. Ou que "quis o destino" que o Santos caísse logo no "Brasileirão Rei", em homenagem ao Rei do Futebol, Pelé, maior ídolo do Santos e do esporte como um todo. E, por fim, que "quis o destino", que a queda do Peixe fosse decretada com o famoso "gol que Pelé não fez", de Lucero, já no fim do jogo. Poderia dizer essas três coisas, mas não seria verdade. Afinal, não foi o destino que quis assim. Foi o Santos, com sua diretoria vexatória e gestão patética, que parece ter quisto. Bem, se essa era a meta, parabéns aos envolvidos. Conseguiram colocar a maior mancha na história do clube, que jamais será apagada.

Cabe a torcida, e o peso da camisa, reerguer este clube novamente. No mais, restam agora dois grandes que nunca caíram: Flamengo e São Paulo. Boa sorte aos dois.

*Anderson Lira/Futura Press/Folhapress

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Libertadores

Em despedida de Endrick, Palmeiras e San Lorenzo terminam partida sem gols

Partida acabou em um empate sem gols no Allianz Parque

Cotidiano

Sem 'dr'! Saúde financeira tem relação com o diálogo do casal

Especialista explica detalhes importantes do cotidiano ligado ao dinheiro

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter