2023: O ano das coroações no futebol

Com a temporada chegando ao fim no Brasil, e após quase um ano da Copa do Mundo do Qatar, é possível fazer um balanço de tudo o que ocorreu. E é justo dizer que em 2023, houve coroações muito aguardadas pelo público do futebol.

Começando pelo exterior, Lionel Messi se consagrou como o maior vencedor da história da Bola de Ouro, com 8 (passando Pelé que teria 7). Um atleta que por muito tempo foi comparado com Cristiano Ronaldo e com Maradona, mas que se provou ser maior e melhor que os dois. O melhor de três gerações, um luxo vê-lo em campo. Lionel Messi, em 2023, se consolidou mais do que nunca, sendo oito vezes inigualável.

Fernando Diniz tem uma legião de fãs. Por onde passa, coleciona admiradores e pessoas que apreciam seu estilo de jogo (além de outros que não se sentem seguros com o jeito do dinizismo agir em campo). Muitas vezes, esses admiradores até fizeram malabarismos para justificar os fracassos do treinador no São Paulo, Vasco, e etc. Portanto, neste ano, muitos puderam aproveitar para enfim tirar o grito de "eu avisei" da garganta. Foram anos de espera pelo primeiro título, mas não parou por aí. Além de ganhar a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca, o Fluminense de Diniz conseguiu o maior título da história das Laranjeiras: a inédita Libertadores.  De quebra, no imbróglio sobre o novo nome para comandar a seleção, Diniz assumiu interinamente o cargo mais importante que ele poderia atingir.

Logicamente, Fluminense também está entre os coroados, entrando para o hall de times com uma Libertadores, ao lado dos brasileiros Corinthians e Vasco da Gama.

Dorival Júnior foi outro coroado. O treinador foi dispensado do Flamengo após o término de seu contrato mesmo tendo sido campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Na visão da direção rubro-negra, "qualquer treinador" teria conquistado os títulos. Pois bem. O Flamengo trocou o comando técnico e naufragou em todas as competições. Supercopa, Recopa, Guanabara e Carioca com Vítor Pereira. Copa do Brasil e Libertadores com Jorge Sampaoli, e Brasileirão com Sampaoli e Tite. Nenhum treinador ganhou títulos.

A maior chance de um título grande veio na decisão da Copa do Brasil contra o São Paulo, treinador por: Dorival Júnior. E no embate, venceu novamente o treinador. Uma história de filme. O clube que mandou o profissional embora por acreditar que o futebol poderia melhorar, perde a chance de salvar sua temporada após derrota numa final para o novo clube comandado por aquele técnico preterido anteriormente.

Assim como no caso do Fluminense, o São Paulo também foi coroado. O "Campeão de tudo", ou "Campeão por inteiro", conquistou o único título disputado que restava. Pôs fim a uma amarga seca em ambiente nacional e voltou a alegrar sua torcida que tanto lotou o Morumbi.

E também dá para citar Endrick. Convocado para a seleção brasileira pela primeira vez, o atacante afastou qualquer olho crítico quanto à sua demora no começo da temporada para emplacar no time principal. Personalidade, qualidade técnica, força física, precisão, e tudo sem precisar provocar ninguém. Se não cair no mundo das baladas e provocações, terá um futuro glorioso pela frente.

Seria para coroar também o Botafogo, que ninguém esperava que fosse conquistar o Brasileiro, mas... parece que o Glorioso não está mais tão afim de ser campeão.