X

Brasil

SP: programa dará emprego a mulheres vítimas de violência doméstica

Objetivo é romper ciclo de agressões e dependência financeira

Agência Brasil

Publicado em 07/08/2018 às 00:31

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Vítima de violência doméstica durante anos, a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes deu nome à lei que endureceu as penas para agressores de mulheres / Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil

Um programa que oferecerá oportunidades de trabalho a mulheres vítimas de violência doméstica foi lançado nesta segunda-feira (6) em São Paulo.

O objetivo do programa Tem Saída é romper com o ciclo da agressão, focando principalmente a dependência psicológica e financeira dessas mulheres. O lançamento da iniciativa coincide com 12 anos de promulgação da Lei Maria da Penha.

Criado em parceria pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público de São Paulo, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Defensoria Pública, ONU Mulheres e prefeitura de São Paulo, o programa oferecerá vagas em empresas credenciadas, principalmente no setor do comércio e serviços.

Com base em denúncias registradas, o Ministério Público, a OAB e a Defensoria Pública emitirão ofício de indicação da vítima à Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo. A pasta disponibilizará um banco de dados com vagas existentes nas empresas parceiras do programa, bastando apresentar o ofício emitido pelos órgãos de justiça. Segundo a prefeitura, as mulheres que não forem empregadas imediatamente vão compor o banco de talentos do programa para novas entrevistas e capacitação por meio de cursos com entidades que colaboram com a iniciativa.

O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, disse que pretende levar o projeto para todo o estado. "Estamos dando os passos necessários nesta caminhada", afirmou.

Após a assinatura do acordo, o O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, informou que estuda a possibilidade de enviar ao Legislativo um projeto de lei exigindo das empresas que prestam serviço à administração municipal o cumprimento de cotas  para mulheres em seus quadros.

Para a promotora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica, Maria Gabriela Prado Manssur, o programa ajudará a combater a dependência psicológica e financeira da vítima de agressão. “O trabalho é um escudo de proteção da mulher contra a violência. A conquista deste espaço faz com que ela se sinta importante e capaz de realizar algo. Quando a mulher começa a trabalhar, percebe o poder que tem e que nada é impossível. A independência financeira é imprescindível”, afirmou Maria Gabriela.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cubatão

Advogado Áureo Tupinambá, preso em operação do Gaeco, sai da prisão

Ex-diretor da Câmara de Cubatão estava preso desde o último dia 16 de abril por possível envolvimento com o PCC

Variedades

Daisy Ridley acha uma razão para sua vida em trailer de 'Às Vezes Quero Sumir'

Lançamento está previsto para maio, nos cinemas nacionais

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter