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Mesmo com Exército, moradores têm medo de sair de casa em Vitória

Desde o dia 4 de fevereiro, a onda de violência já deixou 85 pessoas mortas no Estado, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo

Folhapress

Publicado em 08/02/2017 às 13:30

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Os militares assumiram o policiamento no Espírito Santo / Tânia Rêgo/Agência Brasil

Pelo terceiro dia seguido, escolas e postos de saúde amanheceram fechados nesta quarta-feira (8) em Vitória (ES). Os ônibus também não circulam na Grande Vitória.

Desde o dia 4 de fevereiro, a onda de violência já deixou 85 pessoas mortas no Estado, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. O governo não confirma o número.

A violência começou no dia 3 de fevereiro após a greve de policiais militares. Os sindicatos organizam reuniões com a categoria nesta quarta e quinta (9) para decidir sobre a paralisação.

Os policiais militares são proibidos pela Constituição de realizar greves, mas seus familiares têm impedido que os policiais deixem os batalhões em protesto por reajuste salarial e adicionais por periculosidade e jornada noturna.

Os familiares pedem melhores condições aos policiais militares, como aumento de salário e adicionais por periculosidade e trabalho noturno. De acordo com o Clube dos Oficiais da PM do ES, os servidores estão há três anos sem receber recomposição da inflação -a última reposição foi em 2014, de 4,5%. O último aumento salarial da categoria ocorreu em 2010.

A Justiça considerou ilegal a paralisação e determinou o fim do movimento, mas o patrulhamento continua suspenso. No caso de descumprimento da ordem, foi fixada multa diária de R$ 100 mil às associações de policiais militares.

Além da paralisação dos PMs, policiais civis ameaçam entrar de greve depois da morte de um policial em Colatina, no interior do Estado, ao tentar impedir um assalto.

Transporte

O Sindicato dos Rodoviários decidiu manter os ônibus na garagem após o clima de tensão desta terça, quando o Exército teve que interferir para liberar uma avenida em frente ao Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar.

Centenas de pessoas se reuniram em frente ao quartel, onde familiares de policiais e manifestantes que querem a volta da PM protestavam.

"Após acompanhar cuidadosamente os últimos acontecimentos, ainda não se reconstituiu o ambiente que garanta a plena segurança e mobilidade de servidores, população e suas famílias. Por isso, infelizmente é necessário suspender novamente todas as atividades da prefeitura", afirmou prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Também houve um cortejo de policiais pelas ruas de Vitória nesta quarta, e um ato está previsto na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Nesta terça (7), 1.200 homens das Forças Armadas e Força Nacional estão fazendo a segurança do Estado, seguindo decisão do presidente da República Michel Temer.

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