06 de Maio de 2024 • 18:06
Brasil
De acordo com procuradores da República que integram a Força-Tarefa da Lava Jato em São Paulo, os denunciados 'praticaram atos de lavagem de capitais em contas mantidas na Suíça'
Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, foi um dos denunciados / Agência Brasil
Nesta terça-feira (29), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Paulo Vieira de Souza e Mário Rodrigues Júnior, ex-diretores da estatal paulista Dersa, por lavagem de US$ 10,8 milhões (mais de R$ 60 milhões) em propinas recebidas no âmbito de obras viárias realizadas nas gestões de Geraldo Alckmin (2001 a 2006) e José Serra (2007 a 2010).
Além deles, José Rubens Goulart Pereira, Cristiano Goulart Ferreira e Andrea Bucciarellli Pedrazzoli foram denunciados.
De acordo com procuradores da República que integram a Força-Tarefa da Lava Jato em São Paulo, os denunciados "praticaram atos de lavagem de capitais em contas mantidas na Suíça e abertas em nome de offshores, servindo para receber pagamentos ilícitos vinculados ao Grupo Galvão Engenharia". Se a denúncia for aceita pela Justiça, eles se tornam réus no processo.
De acordo com a denúncia, Mário Rodrigues Júnior e Paulo Vieira de Souza receberam dinheiro no exterior através de empresas registradas em paraísos fiscais. José Rubens Goulart Pereira teria sido o principal articulador dos pagamentos, segundo a denúncia.
Ainda de acordo com a denúncia, Paulo Vieira recebeu propina em 2007 e 2010, quando foi diretor de engenharia da Dersa.
Histórico de Paulo Vieira
Paulo Vieira de Souza já foi condenado pela Justiça Federal a 27 anos em decorrência de irregularidades trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015, quando foi operador do PSDB.
Além disso, ele também foi preso preventivamente em 2019, durante um desdobramento da Operação Lava Jato.
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