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Brasil

IBGE: Desemprego bate recorde e atinge 13,7 milhões de brasileiros

É o maior percentual desde o início da pesquisa em maio; taxa passou de 13,2% na terceira para 14,3% na quarta semana de agosto

Da Reportagem

Publicado em 18/09/2020 às 14:15

Atualizado em 18/09/2020 às 16:33

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De acordo com a pesquisa, a população desempregada subiu cerca de 1,1 milhão em comparação a terceira semana do mês / Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A taxa de desemprego no Brasil aumentou de 13,2% na terceira semana de agosto para 14,3% na quarta semana do mês, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior percentual desde o início da pesquisa em maio.

De acordo com a pesquisa, a população desempregada subiu cerca de 1,1 milhão em comparação a terceira semana do mês. Ao todo, são 13,7 milhões de pessoas até a quarta semana de agosto. “Quando estava com as medidas restritivas, as pessoas não podiam se locomover, não podiam buscar emprego, as empresas estavam fechadas. Agora vamos ver como o mercado de trabalho responde a essa maior procura [por emprego]”, disse a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira.

Contudo, mesmo que tenha mais trabalhadores em busca de vaga, o total de ocupados desceu cerca de meio milhão em uma semana - chegando a 82,2 milhões na quarta semana de agosto.

A pesquisa mostra que houve um pequeno aumento na taxa de informalidade, chegando a 34,0%. A semana anterior registrou 33,4%. É possível dizer que as demissões atingiram mais os trabalhadores formais.

A queda no número de funcionários que estavam afastados pelas empresas devido ao distanciamento social não mudou após o retorno das atividades, a maioria deles foi dispensada.

“Entre esses que estavam afastados e não estão mais, uma parcela pequena se ocupou, voltou para o trabalho, mas a maioria não voltou”, disse a coordenadora.

Cerca de 3,6 milhões de trabalhadores estavam ocupados, mas afastados do trabalho na quarta semana de agosto, número 400 mil mais baixo que o registro de uma semana antes.

A pesquisa ainda mostra que a população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 76,1 milhões de pessoas, 200 mil a mais em uma semana. De acordo com o levantamento, 8,3 milhões de pessoas permaneciam trabalhando remotamente.

O estudo indicou que a população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava emprego) chegou a 74,4 milhões na quarta semana de agosto, desses, 26,7 milhões disseram que gostariam de trabalhar.

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 16,8 milhões que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia do coronavírus ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

“Ainda tem bastante gente nessa condição, mas nem todos buscarão trabalho. Essa população vai diminuir, mas não vai zerar. Quando terminar a pandemia, vai mudar a motivação para não procurar trabalho”, falou Maria Lucia Vieira.

Isolamento

A pesquisa apontou que aproximadamente 88,6 milhões de pessoas ficaram em casa e só saíram por necessidade básica na quarta semana de agosto, número equivalente a 41,9% da população. Houve um aumento de 1 milhão de pessoas em uma semana.

Em contrapartida, a pesquisa revelou que 38,9 milhões estavam cumprindo o isolamento rigoroso na quarta semana de agosto- 2,7 milhões de pessoas a menos em isolamento social em uma semana.

De acordo com a pesquisa, 5 milhões não adotaram nenhum tipo de restrição de contato na quarta semana de agosto- cerca de 500 mil pessoas a mais que na semana anterior.

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