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Brasil

F1: Justiça suspende contrato de R$ 100 mi da Prefeitura de SP com novo organizador do GP

Juiz alega falta de transparência e ausência de licitação no processo de escolha da MC Brazil Motorsport Holding Ltda

Da Reportagem

Publicado em 12/01/2021 às 18:30

Atualizado em 12/01/2021 às 19:57

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Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo / Pirelli/LAT Images

O contrato de R$ 100 milhões feito pela Prefeitura de São Paulo com a nova empresa responsável para organizar e promover a etapa mundial de Fórmula 1 na Capital foi suspenso pelo juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, na noite de segunda-feira (11).

Na decisão, obtida e divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o magistrado cita a contratação como uma "verdadeira aberração" e critica a falta de transparência no processo.

Sem a contratação da empresa, é inviável organizar e preparar o autódromo de Interlagos para a corrida. Nesta terça-feira (12), a Fórmula 1 atualizou o calendário da temporada 2021 com a presença da etapa brasileira em uma nova data. Agora, no lugar de 14 de novembro, a corrida foi antecipada em uma semana e está prevista para o dia 7.

De acordo com uma publicação do “Estadão” divulgada na semana passada, a empresa MC Brazil Motorsport Holding Ltda foi a escolhida para organizar o GP pelos próximos cinco anos. A companhia receberá cinco parcelas de R$ 20 milhões referente a cada uma das corridas organizadas pelo contrato.

Esta informação foi publicada em uma edição do Diário Oficial. A partir disso, será a primeira vez que a Prefeitura de São Paulo vai bancar diretamente um valor para organizar a prova.

Ainda na decisão, o juiz diz que o processo de contratação da empresa apresenta duas falhas principais. A primeira é a falta de licitação, já que "violou os princípios constitucionais da moralidade, da publicidade e legalidade".

O segundo tópico é a falta de transparência, uma vez que os documentos referentes à contratação da empresa são confidenciais e indisponíveis para consulta pública. "Os princípios de publicidade e transparência estão sendo violados de forma explícita", concluiu Migliano Neto.

A gestão municipal agora tem cinco dias para apresentar todos os documentos do processo. Em nota enviada ao “Estadão”, a prefeitura diz “que não foi intimada, mas prestará todos os esclarecimentos assim que for oficialmente comunicada da decisão".

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