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Custo de vida na capital paulista sobe 3,89% em 2018

Segundo o Dieese, entre os dez grupos que compõem o índice, cinco tiveram variações superiores à inflação anual

Agência Brasil

Publicado em 10/01/2019 às 21:30

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O custo de vida na capital paulista subiu 3,89% em 2018 / Divulgação/Fotos Públicas

O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo encerrou o ano de 2018 em 3,89%, 1,45 ponto percentual superior à inflação registrada em 2017, que foi 2,44%. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre os dez grupos que compõem o índice, cinco tiveram variações superiores à inflação anual: transporte (6,05%), despesas diversas (5,21%), educação e leitura (5,03%), habitação (4,10%) e alimentação (3,95%). Já os grupos que aparecem com taxas menores ou negativas são despesas pessoais (3,64%), saúde (1,98%), equipamento doméstico (0,74%), recreação (-0,39%) e vestuário (-1,59%).

Segundo o Dieese, no grupo transportes, os reajustes para os subgrupos transporte individual e transporte coletivo foram de 6,46% e 5,15%, respectivamente. A gasolina registrou o aumento mais significativo (12,51%).

Em despesas diversas, gastos médios com animais domésticos (5,52%) e com comunicação (3,47%) apresentaram as maiores altas.

Em educação e leitura, no subgrupo educação (4,61%), as taxas acumuladas foram de 5,39% para os cursos formais; 4,03% para os diversos; 1,60% para os artigos de papelaria; e -3,57% para os livros. No subgrupo leitura (12,99%), o reajuste para os jornais foi de 7,80% e para as revistas, de 14,61%.

O levantamento mostra ainda que em habitação (4,10%) as variações acumuladas dos subgrupos foram de 2,67% para conservação do domicílio; 2,97% para locação, impostos e condomínio; e 5,01% para operação do domicílio. Houve ainda alta de 13,63% nas contas de luz.

No grupo alimentação, a influência para a alta partiu das taxas acumuladas dos subgrupos alimentação fora do domicílio (4,80%); refeições principais (4,90%) e lanches matinais e vespertinos (4,67%). O subgrupo produtos in natura e semielaborados acumulou alta de 4,83%. As taxas dos itens desse subgrupo foram: 20,86% para legumes; 16,22% para raízes e tubérculos; 15,59% para frutas; 6,34% para hortaliças, 2,35% para aves e ovos; 1,42% para grãos; 1,36% para o leite in natura; e -0,09% para as carnes.

Custo de vida em dezembro

Na passagem de novembro para dezembro, a inflação na capital paulista apresentou queda de 0,21%. As taxas apuradas para os grupos que compõem o ICV foram de 0,87% para equipamento doméstico; 0,71% para despesas diversas; 0,36% para recreação; 0,33% para vestuário; 0,23% para alimentação; 0,03% para educação e leitura; -0,01% para despesas pessoais; -0,11% para habitação; -0,23% para saúde e -1,66%.para transporte.

Segundo a apuração, dentro dos subgrupos da alimentação houve variação de 0,61% para os produtos in natura e semielaborados; 0,19% para a alimentação fora do domicílio; e 0,27%, para a indústria da alimentação. Entre os produtos in natura e semielaborados, raízes e tubérculos tiveram alta de 12,39%, assim como a batata (12,23%). O aumento mais significativo foi para cebola (24,64%). O preço da carne bovina teve elevação de 0,90% e o da suína caiu -1,28%. No geral, carnes registraram aumento de 0,81%.

Os dados mostram também que as aves e ovos subiram 0,80%. Para os grãos, os preços tiveram elevação de 0,59%, sendo que o preço médio do feijão subiu 5,59%; enquanto o do arroz e de outros grãos tiveram diminuição de -0,71% e -0,58%, respectivamente. O leite não teve variação de preços. As hortaliças variaram negativamente (-0,43%), assim como as frutas (-0,60%), Os recuos mais expressivos foram: limão (-26,98%), manga (-5,90%), pera (-1,72%), abacaxi (-1,06%), banana (-0,86%) e laranja (-0,33%).

Os preços dos legumes também caíram (-5,23%) ,e de todos os itens pesquisados, apenas a abobrinha (1,45%) não apresentou retração de preço. As maiores quedas ocorreram para vagem macarrão (-12,10%), quiabo (-10,02%), chuchu (-7,95%), pepino (-5,30%) e tomate (-4,20%).

No grupo transporte, o subgrupo transporte coletivo não variou e no transporte individual foi observada queda de 2,37%, devido à queda nos preços dos combustíveis (-3,78%): sendo de -3,87% para a gasolina e de -3,72% para o álcool.

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