26 de Abril de 2024 • 19:36
Representantes de centrais sindicais se reuniram na tarde de ontem no Sintracomos para definir os detalhes das manifestações de hoje na Baixada Santista / Divulgação
A população da Baixada Santista pode enfrentar nesta quarta-feira (15) um dia de caos no trânsito e de transtornos no transporte coletivo, com as paralisações previstas pelo movimento sindical contra as reformas trabalhista e previdenciária, pretendidas pelo Governo Federal e que se encontram em votação no Congresso Nacional.
A grande concentração será na Praça Mauá, em Santos, diante do Paço Municipal, a partir das 11 horas. Em reuniões ontem, representantes das centrais sindicais prepararam as manifestações e a mobilização para o Dia Nacional de Luta.
Os esquemas foram mantidos em sigilo para não atrapalhar os efeitos da mobilização. Entretanto, os protestos com paralisações podem atingir as estradas, o transporte coletivo em geral, escolas e o Porto de Santos.
De acordo com os organizadores, por volta das 8 horas, será praticamente impossível transitar na cidade, seja por carros e motos particulares, ônibus, VLT, táxi ou Uber. Ambulâncias, carros de polícia e bombeiros terão a passagem liberada.
Nos discursos durante os preparativos de ontem, sindicalistas eram unânimes em dizer que querem dar uma resposta ao Governo Federal que está pressionando o Congresso Nacional a aprovar as reformas trabalhista e previdenciária.
E deram o recado: “O movimento sindical de Santos sabe como agir nessas oportunidades e as manifestações terão grandes repercussões, pois o Governo vai ouvir o recado das ruas”.
Na tarde de ontem, representantes de dezenas de sindicatos, ligados a todas as centrais sindicais, debateram detalhadamente os preparativos da greve.
Avenida Paulista
A reunião foi no Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), quando se decidiu que boa parte dos grevistas e manifestantes participará do ato público na Avenida Paulista, capital, a partir das 16 horas.
O objetivo do movimento, todos sabem, é barrar as reformas previdenciária e trabalhista que o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional e que são altamente lesivas aos trabalhadores e ao povo em geral.
Trabalhadores vão parar portos de todo o País por 24 horas
Trabalhadores avulsos e vinculados de Santos e dos demais portos de todo o País, num total de mais de 20 mil portuários vão entrar em greve, por 24 horas, contra as reformas da Previdência Social e trabalhista propostas pelo Governo Federal e que já estão em tramitação no Congresso Nacional.
A decisão foi aprovada durante plenária das três federações nacionais de trabalhadores portuários e avulsos, na última sexta-feira, no Rio de Janeiro. Os representantes de estivadores, trabalhadores avulsos e portuários com vínculo de emprego, decidiram parar em protesto contra as reformas do Governo. A data foi escolhida devido aos demais protestos que serão realizados em todo País contra as mesmas medidas adotadas pelo Governo Federal.
Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região, Rodnei Oliveira da Silva Nei, a paralisação será ainda contra o projeto de terceirização de mão-de-obra, também em andamento na Câmara Federal.
Para ele, “motivos não faltam para a greve”. A plenária revelou enorme descontentamento das categorias portuárias contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer, principalmente as que pioram as condições para os trabalhadores se aposentarem.
Entidades de aposentados participam das manifestações
A OAB Nacional, juntamente com a COBAP, UNA-SE, MOSAP e mais de 160 entidades do País realizam o ato “Por uma Proposta Justa de Reforma da Previdência – Não à PEC 287/2016”.
A concentração será às 14h, na sede da Ordem, em Brasília, de onde os participantes partirão rumo ao Congresso Nacional. Será entregue aos parlamentares a Carta Aberta sobre a Reforma da Previdência, texto elaborado pelas instituições.
O ato é aberto à participação de todos os cidadãos que desejam que a Reforma da Previdência seja debatida com a sociedade e que não haja retrocessos na proposta. A sede da OAB Nacional fica no Setor de Autarquias Sul, Quadra 5, Bloco M.
No texto, as entidades requerem a suspensão da tramitação da PEC 287/2016 no Congresso Nacional até que se discuta democraticamente com a sociedade, de forma ampla, mediante a realização de audiências públicas que possibilitem a análise de estudos econômicos, atuariais e demográficos completos, a fim de que se dê a devida transparência aos dados da Seguridade Social.
Segundo o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, a Ordem sempre esteve à frente
dos grandes debates deste País.
“Não podemos nos furtar agora. Convoco a advocacia brasileira a conversar com todos os setores envolvidos para chegarmos a um uma proposta justa para a Reforma da Previdência. Não podemos aceitar retrocessos sociais”, afirma.
“O tema reforma da Previdência necessita de um debate amplo, por entendermos que é uma questão técnica, que envolve novos limites e um tempo de contribuição incompatível, sob pena de pessoas contribuírem ao longo de toda uma vida e não conseguirem chegar à tão sonhada aposentadoria”, completou.
Guarujá
Os pré-requisitos são imprescindíveis e os documentos indispensáveis
Cubatão
Ex-diretor da Câmara de Cubatão estava preso desde o último dia 16 de abril por possível envolvimento com o PCC